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Polícia de Luziânia rejeita ajuda federal sobre desaparecidos

por MARCELO FERNANDES DOS SANTOS
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GOIÁS
Polícia de Luziânia rejeita ajuda federal sobre desaparecidos

GOIÁS

A polícia de Luziânia não aceitar ajuda federal nas investigações do caso de desaparecimento de seis jovens na cidade goiana, que perderam contato com a família durante o último mês. Em comum, apenas o fato de que todos são moradores do mesmo bairro, o Parque Estrela Dalva. A polícia goiana insiste na tese de sequestro para trabalho escravo, mas até o momento não conseguiu encontrar pistas do paradeiro dos rapazes.

Nem a presença dos deputados da CPI das Crianças Desaparecidas e dos senadores da CPI da Pedofilia foi suficiente para que o secretário de Segurança Pública de Goiás mudasse de ideia. Por enquanto, nada de ajuda da Polícia Federal.

“Eu confio na competência, na dedicação e na qualidade da Polícia Civil de Goiás. Neste momento, as nossas estruturas técnicas de investigação, todos os profissionais que estão trabalhando nesse sentido, não apresentaram essa necessidade, afirmou o secretário de Segurança Pública de Goiás Ernesto Roller.
Era tudo que os familiares dos desparecidos temiam ouvir. O filho de Marlúcia, por exemplo, no está na lista dois seis que ganharam destaque nacional. Mas a angústia mais antiga. Ela contou para a presidente da CPI das Crianças Desaparecidas que o filho Diego, de 13 anos, foi uma das 104 pessoas sumidas na cidade em 2008. Paradeiro desconhecido até hoje.
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“Eu pedi pra incluir o caso nesse pacote e eles falaram que o meu filho não desapareceu no período que outros desapareceram. A polícia deu como se ele estivesse morto, mas sem aparecer o corpo”, conta a auxiliar de produto Marlúcia de Matos.

“Nós precisamos que estes casos de desaparecimento não sejam provocados só porque a mídia se fez presente ou porque a comoção social exigiu. Tem que ser um processo normal, direto e instaurado completamente dentro do nosso país”, destacou a presidente da CPI das Crianças Desaparecidas deputada Bel Mesquita.

A hipótese de que os jovens tenham sido sequestrados para trabalho escravo continua sendo uma das principais linhas de investigação da polícia. Com frequência, agentes goianos procuram pistas dos desaparecidos nas zonas rurais do DF. Mas, até agora, nenhum sinal dos rapazes.

Para o ouvidor da Secretaria Especial de Direitos Humanos da Presidência da República, as medidas tomadas até agora são insuficientes. Só em janeiro foram registrados 13 sumiços em Luziânia.

G1

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