A delegada Maria de Fátima Oliveira Gomes, que respondia a processo administrativo disciplinar, por ter dado voz de prisão a quatro funcionárias de uma loja de departamentos em 2010, foi demitida.
Ela estava afastada do cargo por abuso de autoridade. Na decisão, divulgada no Diário Oficial do Estado, ontem, o Conselho da Polícia Civil (PC) deixa claro que a ex-delegada não poderá exercer função pública por dois anos.
O motivo da confusão que resultou na demissão de Maria de Fátima foi a recusa de uma funcionária da loja de um shopping, em Vila Velha, em efetuar a troca de uma bermuda.
Além do abuso de autoridade na loja, a servidora foi punida por ter cometido várias transgressões disciplinares previstas no Estatuto dos Policiais Civis do Espírito Santo, entre elas o fato de praticar ato que importe em escândalo ou que concorra para comprometer a instituição ou função policial.
Mesmo tendo passado mais de dois anos, a confusão que aconteceu no início de fevereiro de 2010 ainda parece estar longe de um desfecho. Procurado pela equipe de reportagem, o advogado da delegada, Rafael Roldi de Freitas Ribeiro, conta que a cliente ainda não o procurou, mas adianta que a decisão do conselho não foi justa e vai recorrer.
“Vamos buscar os meios legais para reverter essa sentença, tendo em vista que essa decisão não foi julgada justamente”, frisou Rafael Ribeiro.
Com a decisão tomada pela PC, Maria de Fátima ainda terá um prazo de trinta dias, após a publicação da sentença no Diário Oficial, para recorrer.
No dia do desentendimento na loja, a delegada alegou que as funcionárias riram dela, e que a desacataram. Quatro mulheres foram levadas para a delegacia. Uma delas pagou fiança e foi liberada. As outras três tinham que pagar R$ 10 mil cada uma para serem liberadas. Sem o dinheiro, as três foram levadas para o Presídio Feminino de Tucum.
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