DF: Segundo investigações, suspeitos atuavam há, pelo menos, quatro anos. Agentes cumpriram seis mandados de prisão em Lisboa, com apoio da Interpol.
Celular e computador, em imagem de arquivo — Foto: Reprodução/TV Anhanguera
A Polícia Civil do Distrito Federal deflagrou, na manhã desta terça-feira (7), uma operação que mira desarticular uma organização criminosa de Portugal que aplicava golpes financeiros em brasileiros. Segundo as investigações, os suspeitos atuavam há, pelo menos, quatro anos.
Os agentes cumprem seis mandados de prisão preventiva em Lisboa, em Portugal, além de bloqueio de contas bancárias, sequestro de criptoativos e derrubada de websites. As investigações são coordenadas pela 9ª Delegacia de Polícia, no Lago Norte, e conta com o apoio da Interpol. Os presos serão extraditados para o Brasil.
De acordo com as investigações, brasileiros que viviam em Portugal — em sua maioria, que viviam ilegalmente no país — eram empregados em call centers, que faziam ligações para pessoas no Brasil. Às vítimas eram oferecidos investimentos em ações inexistentes.
Os criminosos usavam empresas de fachadas e sites bem montados, que davam a impressão de serem empresas reais. No entanto, os investimentos feitos pelas vítimas iam direto para as contas dos suspeitos. Pelo menos, 945 vítimas foram identificadas (veja detalhes abaixo).
Entre as empresas falsas, estavam Paxton Trade, Ipromarkets, Ventus Inc, Glastrox, Fgmarkets, 555 Markets, ZetaTraders. Aos brasileiros, os investigados diziam que o montante tinha sido perdido na Bolsa de Valores.
De acordo com a Polícia Civil, apesar das prisões em Portugal, o grupo atua ainda em Praga, Tel Aviv, Dubai, Londres e Madrid. Os outros escritórios fazem vítimas em outros países, como México e Chile.
De acordo com as investigações, um homem de nacionalidade tcheca abriu uma empresa de fachada em Lisboa, que funcionaria, supostamente, como uma empresa de publicidade. No entanto, o suspeito realizava a venda de falsos investimentos por meio de empresas fantasmas de corretagem.
A Polícia Civil afirma que ele empregava centenas de brasileiros que, sem opção de emprego, aceitavam participar do esquema. A contratação de brasileiros ocorria porque o suspeito precisava de pessoas que falassem português fluente para assediar vítimas, exclusivamente, do Brasil.
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