O delegado Tristão Antonio Borborema de Carvalho, chefe da 38ª Delegacia Regional de Polícia de Santo Antônio da Platina, reuniu a imprensa na manhã desta quarta-feira (15), para comunicar o desfecho do Caso Aline que chocou todo o norte pioneiro. A professora Aline Messias foi morta em novembro do ano passado, em sua residência, no povoado da Platina.
O delegado comunicou o desfecho do caso a anunciou o nome do autor do crime, Luiz Fernando Dias, de 29 anos de idade, conhecido no meio policial por “Dinho”. O marginal era tido como um dos onze suspeitos do caso, que já havia sido interrogado pela polícia e negado o fato. Dinho reside no bairro onde a vítima morava e já praticou vários furtos no local.
CHAVE DO CRIME
O aparelho celular da vítima, furtado no dia da sua morte, foi a “chave” para desvendar o crime. O aparelho estava em posse de uma adolescente, na cidade de Sertaneja. Os investigadores da Polícia Civil na coordenação do delegado Tristão tiveram que apurar como o celular foi parar nas mãos do jovem. Os agentes refizeram o “circuito” pelo qual passou de “mão em mão” o celular até chegar ao autor do crime.
O CRIME PASSO A PASSO
Segundo o delegado Tristão, “Dinho” tomou cerveja até por volta de 23 horas no bar do Raimundo no povoado da Platina, após, o marginal seguiu para casa com uma chave de fenda nas mãos com objetivo de praticar um furto. O bandido parou em frente a residência da professora Aline, entrou pelo portão, que estava aberto, e viu que a porta dos fundos da casa estava também aberta (por isso não houve arrombamento – fato constatado pela perícia).
O marginal entrou pela cozinha e quando se dirigiu até a sala foi surpreendido pela professora Aline. Os dois entraram em luta corporal. O bandido tapou a boca da vítima e a ameaçou para não gritar. A vítima assustada se debateu e correu para o quarto (quarto com machas de sangue encontrado pela perícia)
No local continuaram a luta corporal até atingir a cozinha, quando o marginal começou a sistematicamente golpear a vitima nas costas com a chave de fenda, com os golpes a mulher caiu ao chão e desmaiou.
O bandido foi até o quarto onde o filho da vítima dormia. O marginal pegou o secador de cabelo ao lado da cama e usou para estrangular a vítima (constatado pela perícia).
ESTUPRO
Um detalhe bizzaro, disse o delegado, o autor introduziu o dedo no ânus da vítima (contatado pela perícia). Após a morte da professora o marginal pegou o telefone celular da vítima e saiu correndo sem levar nenhum pertence da casa. No trajeto o marginal jogou a chave de fenda em um terreno baldio.
FILHO MENOR DA VÍTIMA
O filho da vítima não chegou a ser ouvido pelo delegado Fátimo que conduzia as investigações no tempo do crime, mas foi submetido a uma avaliação psicológica e ele disse textualmente aos médicos que não se lembra de nada. O garoto só acordou com a mãe morta.
Para o delegado Tristão este caso foi de extrema gravidade que provocou um abalo social terrível na região. “A sociedade era credora de uma resposta satisfatória e convincente do caso”, disse Tristão. “Foi uma investigação complexa que precisou de esforços de quase um mês para a solução”, comentou.
“Eu peguei o caso na estaca zero e iniciei, através de um serviço de inteligência, um trabalho continuo para a solução”, continuou Tristão.
Segundo o delegado, Dinho já está na carceragem da 38ª DRP. A prisão preventiva do marginal foi decretada pela juíza Maristela Andrade de Carvalho. O delegado está providenciando a sua remoção para a penitenciária.
Informe Policial
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