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Associação repudia empresário que chamou delegada de mentirosa no MS

Revoltado após ser solto, o investigado disse que iria até as últimas consequências contra a delegada Joilce Silveira Ramos,

por Editoria Delegados
Delegada Joilce Ramos, PCMS

A Adepol-MS (Associação dos Delegados de Polícia de Mato Grosso do Sul) saiu em defesa da delegada Joilce Ramos, chamada de “mentirosa” pelo empresário João Lopes de Freitas, que se apresenta como dono da Champions Pneus e foi preso no dia 4 de março por suspeita de superfaturar orçamentos de clientes embutindo serviços desnecessários.

Em entrevista ao Campo Grande News, João Lopes disse que a delegada havia mentido ao revelar que também foi vítima do “golpe do pneu”. “Na ocasião, o empresário (que foi preso em flagrante delito) externa sua contrariedade com a decisão e xinga a delegada Joilce Silveira Ramos, responsável pela prisão, de ‘mentirosa’, maculando de forma inaceitável a honra pessoal da delegada associada, atingindo sua dignidade perante seus pares, seus subordinados, seus superiores e perante a comunidade”.

A associação diz que vai tomar medidas judiciais, nas áreas cível e criminal, contra o empresário. “Discordar de uma decisão da autoridade policial tem como sede e foro recursais apropriados o Poder Judiciário e não uma reportagem com acusações estapafúrdias e xingamentos levianos e absolutamente desconexos com a realidade fática, razão pela qual serão adotadas todas as medidas judiciais cíveis e criminais pertinentes para a reparação dos danos pessoais causados à delegada associada”.

Revoltado após ser solto, João Lopes de Freitas disse que iria até as últimas consequências contra a delegada Joilce Silveira Ramos, responsável pela investigação. Apesar de a empresa estar no nome de outras pessoas, ele garantiu ser o proprietário e negou cobranças abusivas por parte da Champions Pneus. “Essa delegada é uma mentirosa e eu vou provar isso”, afirmou, completando que denunciaria o caso à Corregedoria da Polícia Civil.

Na entrevista, sobre o caso que trouxe a situação à tona, o empresário afirmou que as acusações da cliente são falsas. Mulher chamou a polícia depois que a conta para trocar pneus ficou em R$ 6,8 mil. Ela alega que foi induzida a assinar documento e só depois percebeu que se tratava da ordem de serviço.

Na versão da empresa, orçamento passado ela havia sido aprovado e a confusão se deu depois, na hora do pagamento, porque ela só apresentou uma foto do cartão de crédito e não conseguiu quitar o valor.

A delegada Joilce revelou no auto de prisão em flagrante que em 2023 havia sido vítima do mesmo método, que para ela, trata-se de estelionato de maneira velada. À época, ela não chegou a denunciar o caso, mas disse na semana passada que formalizaria denúncia.

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