MARANHÃO
Promotor de justiça espancado também é alvo de denúncias
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{loadposition adsensenoticia}Segundo informações enviadas por visitantes do Portal e publicação do Blog do Décio Sá exibem que a confusão de sábado não foi a única em que se envolveu nos últimos anos o promotor Zanony Passos. Em 2008 ele foi afastado da Comarca de Coroatá por conta de sua ligação com o prefeito Luiz da Amovelar (PDT). O promotor foi acusado de beneficiar o então candidato à reeleição. Algum tempo depois foi transferido para São Luís.
Blog do Décio Sá: Durante passagem por Coroatá, Zanony mantinha ligação com prefeito
Na época, uma das acusações contra o promotor partiu do seu tratador de cavalos, Walber Oliveira do Nascimento, que também atuava como seu motorista. Ele denunciou ter sido pago durante quase três anos pela Prefeitura de Coroatá, a pedido de Zanony Passos, para ficar prestando serviços a ele.
Em declaração pública de vontade prestado no cartório Alvimar Braúna, o tratador de cavalos disse ter sido readmitido como funcionário do município, por interferência do representante ministerial, para ficar cuidando, em terreno de sua propriedade, de quatro cavalos de Zanony Passos e servir esporadicamente como seu motorista.
“Fui demitido do município no primeiro ano da administração Luiz da Amovelar. Depois fui readmitido a pedido do promotor e cedido à Promotoria, mas nunca fui lá e meu trabalho era ficar cuidando dos cavalos dele”, declarou Walber Oliveira ao jornal O Estado Maranhão na ocasião. Ele recebia um salário mínimo.
O tratador de cavalos denunciou ainda que a baia onde os cavalos eram cuidados foi bancada pela administração municipal. “A ligação do prefeito e do promotor era tão forte que Luiz da Amovelar participou de um churrasco no dia da inauguração da baia em meu terreno. O que se sabe é que a baia foi bancada pela Prefeitura”, afirmou ele.
Blog do Décio Sá: Dormentes
Walber Oliveira informou que o promotor teria usado 150 dormentes da Companhia Ferroviária do Nordeste (CFN), apreendidos por ele em Coroatá em janeiro de 2007 – por terem sido fabricados com madeira não autorizada pelo Ibama -, para servir de cerca de uma chácara de sua propriedade no povoado Iguaíba, em Paço do Lumiar.
O tratador garantiu ainda que, ao saber da declaração que tinha dado em cartório, Zanony Passos o procurou perguntando porque “tinha feito isso com ele e ameaçando mandar me prender e eu disse que ele podia mandar me prender”.
Blog do Décio Sá: Presidiário
Também em escritura pública, o segurança e ex-preso Daibeth Noia da Silva acusou Zanony Passos de ter ficado com cerca de R$ 10 mil a que ele tinha direito como auxílio-reclusão, benefício que o Estado paga, através do Instituto Nacional de Seguro Social (INSS), à família de presos.
Blog do Décio Sá: Contracheque de Walber comprovou que ele era funcionário da prefeitura
Daibeth Noia conta que em outubro de 2007, após nove meses preso no Centro de Ressocialização de Pedreiras, seu regime foi transformado de fechado para semi-aberto, sendo transferido nesse mesmo mês para a Delegacia de Coroatá. Ao saber de sua história, o promotor orientou ele e sua esposa que solicitassem o auxílio-reclusão, sendo concedido o valor de R$ 11.861,00.
Em 27 de novembro do ano passado, o promotor levou Raimunda Oliveira até a agência do Banco da Amazônia no município e deu ao casal apenas R$ 1,6 mil, ficando com o restante (R$ 10,2 mil), sob o argumento de que com ele o dinheiro estaria “mais seguro”.
Desse total, segundo informou o ex-detento, o promotor tirou ainda mais R$ 1,7 mil para construir um trailer e deu ao segurança e sua esposa para que eles vendessem churrasquinho. Posteriormente, o casal procurou Zanony Passos em busca do restante do dinheiro, mas ele alegou que tudo havia sido gasto na construção do trailer.
Blog do Décio Sá e informações de visitantes do portal
DELEGADOS.com.br
Revista da Defesa Social
Portal Nacional dos Delegados
