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Grupo de trabalho vai buscar solução para piso salarial único de policiais até 16 de setembro

por Editoria Delegados

 

 

Grupo de trabalho vai buscar, até 16 de setembro, uma solução para o piso salarial único de bombeiros e policiais militares e civis. A decisão foi anunciada pelo presidente da Câmara, Henrique Eduardo Alves, diante da manifestação de servidores da segurança pública, nesta terça-feira (20).

 

Cerca de 300 policiais e bombeiros ocuparam o Salão Verde, no início da tarde, e juntaram-se a manifestantes favoráveis e contrários ao ato médico na invasão do Plenário da Câmara, no início da noite.

 

Policiais e bombeiros exigiam a votação imediata do segundo turno da Proposta de Emenda à Constituição (PECs 446/09 e 300/08) que prevê um piso salarial nacional da categoria. O texto foi aprovado em primeiro turno em 2010.

 

Respeito ao Plenário

 

O presidente da Câmara condenou a invasão do Plenário e reafirmou a intenção de buscar o consenso em torno da chamada PEC 300. “Estou olhando para os senhores e quero dizer que esse Plenário aqui exige respeito. Esse tipo de comportamento não é respeitoso nem democrático. Não é assim que vão conquistar os votos desse Plenário. Eu faço um apelo para aqueles que querem ver essa matéria votada e não o discurso fácil, demagógico ou irresponsável que não tem consequência. Estou assumindo a responsabilidade de até este prazo procurar os caminhos”.

 

Mais tarde, em entrevista aos jornalistas, Henrique Eduardo Alves confessou ter ficado surpreso com a invasão do Plenário e ressaltou a complexidade de um piso salarial único para policiais e bombeiros. “Eu recebi 20 representantes da categoria e pedi um prazo para discutir a matéria, que não depende só dessa Casa. Tem que se ouvir governadores e o Poder Executivo. É uma matéria de grande repercussão e eles concordaram com essa prazo. Então, eu me surpreendi com essa atitude que não engrandece nem ajuda o entendimento nem o voto consciente dos parlamentares”.

 

Integrante do Movimento de Luta Nacional dos Trabalhadores da Segurança Pública, Fernando de Lima, contesta os argumentos governamentais contra o piso nacional. “O custo da PEC, que o governo alegou que vai onerar os cofres da União, é de R$ 46 bilhões ao ano. O custo da consequência da violência no País é de R$ 220 bilhões. Isso é fato. Essa negociação vai levar esses valores em consideração?”

 

Primeira reunião

 

A primeira reunião do grupo de trabalho da PEC 300 será nesta quarta-feira (21), às 11 horas, no gabinete da Presidência da Câmara. Além de deputados, o grupo também terá representantes de policiais e bombeiros.

 

Os deputados Ronaldo Caiado (DEM-GO) e Lincoln Portela (PR-MG), que integram o grupo de trabalho, esperam que, até o dia 16, tenham condições de fixar uma data para a votação do segundo turno da PEC na Câmara.

 

Agência Câmara de Notícias

 

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