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51% dos brasileiros estão insatisfeitos com a Segurança Pública no país

por MARCELO FERNANDES DOS SANTOS

GERAL

51% dos brasileiros estão insatisfeitos com a Segurança
Por Luiz Flávio Gomes e Mariana Cury Bunduky

GERAL

Por Luiz Flávio Gomes e Mariana Cury Bunduky

{loadposition adsensenoticia}A pesquisa realizada pelo CNI-IBOPE, entre 28 e 31 de julho deste ano, envolvendo 2.002 eleitores, com 16 anos ou mais, em 140 municípios, cujo enfoque foi a Segurança Pública constatou que  51% dos brasileiros estão insatisfeitos com a Segurança Pública no Brasil.

Apontada como um dos principais problemas enfrentados pelo país (33% do total), a Segurança Pública ficou atrás apenas da saúde, eleita por 52% dos entrevistados. As drogas (29%) e a educação (27%) vieram logo em seguida.

De acordo com 47,2% dos ouvidos, as condições de segurança nada evoluíram no Brasil nos últimos três anos e, para 37,2%, elas pioraram.

Quando indagados acerca de ações que poderiam melhorar essa condição, 58% dos eleitores afirmaram que por meio de um maior combate ao tráfico de drogas, 37% disseram que por meio do aumento do policiamento nas ruas, 27% escolheram o aumento das penas pelos crimes e, apenas 17% optaram por maior presença do Estado em políticas públicas, tais como a educação.

Ao serem perguntados se penas mais rigorosas reduziriam a criminalidade, 55% afirmaram que sim e 51% se mostraram a favor da prisão perpétua. E mais: 75% concordam com a redução da maioridade penal para 16 anos de idade.

Assim, observa-se na população brasileira uma apologia à repressão, a mais violência, a mais condenação, a penas maiores, mais rigorosas. Evidencia-se no brasileiro o espírito de briga, de embate, de rebate.

Apenas em 5ª lugar coloca-se a educação e as políticas sociais como forma de se resolver o problema da segurança, sendo a violência, antes de tudo, um problema social.

Essa visão deve ser mudada! Não se combate a violência com mais violência, com mais brutalidade, animosidade. Se esse enfrentamento dependesse apenas de leis mais severas (das quais já dispomos), o Brasil não teria matado, somente em 2009, 51.434 pessoas (de acordo com dados divulgados pelo DATASUS- Ministério da Saúde).

O problema da Segurança Pública deve ser tratado em seu cerne, onde nasce a criminalidade, onde não há educação, assistência social, onde o Estado não chega, não existe.

Para que sejam combatidas as principais e mais delicadas deficiências do Brasil, deve ser mudada antes de tudo a mentalidade brasileira, da reação, do conflito, da vingança, da punição exacerbada. E a partir de então, serem incentivadas pela população políticas públicas e sociais, que eficazmente poderão contribuir para a melhoria da Segurança Pública no país.

Sobre os autores

Luiz Flávio Gomes é jurista e cientista criminal. Fundador e presidente da Rede de Ensino LFG. Diretor-presidente do Instituto de Pesquisa e Cultura Luiz Flávio Gomes. Foi Promotor de Justiça (1980 a 1983), Juiz de Direito (1983 a 1998) e Advogado (1999 a 2001). Acompanhe meu Blog. Siga-me no Twitter. Encontre-me no Facebook

Mariana Cury Bunduky é advogada e Pesquisadora do Instituto de Pesquisa e Cultura Luiz Flávio Gomes

 

 

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