Início » Procurador diz: “delegado merda, não estudou pra outro concurso”, na presença de PM’s e não é preso

Procurador diz: “delegado merda, não estudou pra outro concurso”, na presença de PM’s e não é preso

por Editoria Delegados

 

Cena de um vídeo mostra um Procurador Federal não identificado, chamando o delegado da Policia Civil de merda e e bosta e os PM’s ficam caladinhos com medo dele. O fato ocorreu no Plantão da Polícia Civil em Tambaú, João Pessoa/PB

Segundo o delegado geral adjunto da Polícia Civil da Paraíba, Isaías Gualberto, a confusão começou quando o dono de um bar da praia na orla do Cabo Branco, na Capital, decidiu registrar queixa de um homem que estaria causando problemas no estabelecimento.

 

Ao chegar à delegacia, o homem, aparentemente embriagado, inicia uma série de xingamentos e ainda diz que é procurador federal, fazendo ameaças. O escândalo foi registrado em uma série de pelo menos três vídeos que circulam nas redes sociais.

 

Conforme relatou o delegado Gualberto, as autoridades da Polícia Civil que estavam na delegacia não ouviram absolutamente nada da confusão, mas, através dos vídeos, o caso ganhou repercussão e o autor dos xingamentos poderá responder nas esferas administrativa e penal.

 

Isaías Gualberto afirmou que ele poderá responder por vários crimes, como desacato, injúria e ameaça. “Não importa qual o cargo que ele assume como servidor público; com certeza, esse homem será punido conforme a lei”. Ele falou ainda que não teve como informar o nome do homem porque não estava com os dados da ocorrência em mãos.

 

Quando o cinegrafista disse: “mas amigo, você estar falando isso com um delegado!” O procurador respondeu: “meu filho, eu sou um Procurador Federal, esse bicho ai é um merda perto de mim!” Ele ainda diz que vai chamar a Policia Federal.

 

O fato gerou polemica em todo o estado, em especial nas redeis sociais e discorrendo sobre o fato, o Drº Danillo Orengo, da DRF/CG, disse que os Policiais Militares deveriam prendê-lo em flagrante delito e noticiar o fato a Autoridade Policial plantonista. Sobre a molesa dos policias muilitar, Drº Danillo Orengo, disse: “Queria que fosse aqui na Delegacia de Roubos e Furtos/CG e tivesse presenciado as citadas palavras, com certeza seria autuado em flagrante delito e com uma fiança no patamar de seu salário”.

 

Se ele for mesmo procurador federal, Isso é um papel ridículo, desrespeitar um agente público em serviço, aparentado bêbado, usando do cargo para dizer o famoso ditado da elite burocrata do Poder: “você sabe com quem tá falando?” Num país sério, no mínimo perderia o “poderoso” cargo e seria preso por desacato a autoridade e ameaça de morte. Esse é um dos retratos do Brasil e a tendência afirmo, é piorar!

 

O engraçado é que tem PM e como tamb´me tem agentes e delegado no Brasil, que quando pegam um cidadão suspeito, ou acusado, maltratam, chamam palavrão, humilham, batem e até a família sofre gritos e humilhação nas mãos deles, quando são tratados pior que cachorro ou o mais elevado bandido mundial, mas um cara dese, faz e desfaz e ninguém ver valentia das autoridades que às vezes são valente com o povo pobre.

 

Assim como Isaías Gualberto e Danillo Orengo, também lamentou que um homem que se diz servidor público federal tenha agido dessa forma, porém não tocaram no assunto sobre o comportamento deprorável dos PM”s, que covardemente aceitaram verbalização criminosa contra um delegado da Policial Civil e não fizeram nada, onde se pode ver que merecem ser punidos por aceitar calados tal ação do homem.

 

Delegacia-Geral publica nota de repúdio

 

Nota de Desagravo Público

 

A Delegacia Geral de Polícia Civil da Paraíba, com base no artigo 132, I, alínea ‘b’, da Lei Complementar 85/2008 (Lei Orgânica da PC/PB), desagrava publicamente todos os Policiais Civis, especificamente Delegados e Agentes de Investigação, desrespeitados e atingidos por palavras de baixo calão desferidas por Marcelo Raposo de França, procurador federal no estado do Rio Grande do Norte.

 

O fato aconteceu no dia 30 de abril deste ano, em frente ao prédio da 10ª Delegacia Distrital, em Tambaú, Capital, depois que o Boletim de Ocorrência Eletrônico nº 24/2014 foi registrado contra Marcelo França por perturbação e embriaguez em um estabelecimento comercial da orla de João Pessoa. As agressões aos policiais civis foram registradas em vídeos amplamente divulgados nas redes sociais e, somente por meio dos quais, a equipe da delegacia tomou conhecimento das ofensas.

 

A abertura de inquérito policial foi determinada por esta Delegacia Geral para a apuração da conduta do servidor público federal, que atingiu a honra de mais de 1.800 integrantes do Grupo de Polícia Civil (GPC). Ainda serão comunicadas formalmente a Corregedoria Geral da Advocacia da União e a Procuradoria da União para as providências cabíveis.

 

A Polícia Civil do Estado tem amplos serviços prestados aos cidadãos paraibanos e só no ano de 2013 realizou 33 mil procedimentos policiais, entre instauração de inquéritos e termos circunstanciados de ocorrência, o que resultou na prisão de mais de 2 mil pessoas. Segundo pesquisa divulgada pelo Ministério da Justiça, a instituição também foi considerada a mais bem avaliada do país em satisfação no atendimento e terceira do Brasil em grau de confiabilidade.

 

Por fim, a Delegacia Geral de Polícia Civil lamenta o ocorrido e reconhece que a atitude desse servidor público federal foi um comportamento isolado, que não representa o posicionamento da instituição a qual ele pertence.

João Pessoa, 02 de maio de 2014

Isaías José Dantas Gualberto
Delegado Geral em Exercício

 

 

Blog do Gari e Parlamento PB

 

DELEGADOS.com.br
Revista da Defesa Social & Portal Nacional dos Delegados

 

você pode gostar