O delegado Marcelo Martins, que investiga a origem do saco plástico que continha aproximadamente R$ 1 milhão em notas falsas apreendido em Lucas do Rio Verde, cidade a 360 quilômetros de Cuiabá, neste domingo (4), descartou a possibilidade do dinheiro ser usado na região.
“A falsificação é grosseira. É como se fosse dinheiro de brinquedo e ainda existe uma impressão no centro das notas que informa que a nota é sem valor. As notas, dessa forma, não têm eficácia para serem usadas em crimes de estelionato”, afirmou o delegado ao G1.
A tarja impressa nos dois versos das notas informam de um lado que o dinheiro não tem valor e do outro deixa um espaço para se escrever nome e endereço. O delegado ressaltou, porém, que as cores e os tamanhos do dinheiro são semelhantes ao original.
O dinheiro falso foi encontrado por um operário de uma retroescavadeira durante obras em um terreno que dará lugar nos próximos meses a um loteamento. O trabalhador, segundo informou a polícia, acabou descobrindo o saco plástico com o dinheiro ao cavar uma ‘vala’ . Ele acionou a Polícia Militar que apreendeu o material e o encaminhou à Polícia Civil.
Martins ressaltou que a descoberta do dinheiro soma-se às investigações da polícia para a descoberta das quadrilhas que atuam na região. Nos últimos meses, duas delas foram desarticuladas e seus membros foram presos tentando pagar estabelecimentos em Lucas do Rio Verde e Sinop com dinheiro falso.
“Há uma suspeita que essas quadrilhas agiam na fronteira do Paraguai com Mato Grosso do Sul e estariam por aqui espalhando dinheiro falso”, destacou o delegado. O dinheiro falso ainda irá permanecer na Delegacia de Polícia em Lucas do Rio Verde e, em seguida, poderá ser encaminhado para a Polícia Federal.
G1
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