Ministério da Justiça quer transformar PRF em Polícia Viária Federal

Ricardo Lewandowski propõe que a PVF realizará policiamento ostensivo em rodovias, ferrovias e hidrovias federais.

por Editoria Delegados

O Ministro da Justiça e Segurança Pública, Ricardo Lewandowski, apresentou uma nova versão da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) da Segurança Pública, reformulada após sugestões recebidas de governadores estaduais. Entre as mudanças propostas, destaca-se a alteração do nome da Polícia Rodoviária Federal (PRF) para Polícia Viária Federal (PVF), refletindo uma expansão das suas atribuições para incluir o policiamento ostensivo em rodovias, ferrovias e hidrovias federais.

Principais pontos da PEC da Segurança Pública

1. Alteração no nome e nas funções da PRF:

A Polícia Rodoviária Federal seria renomeada para Polícia Viária Federal, assumindo responsabilidades ampliadas sobre rodovias, ferrovias e hidrovias federais.

2. Redefinição de competências das forças federais:

A Polícia Federal (PF) passará a ter atribuições claras no combate a crimes ambientais e atividades de organizações criminosas e milícias privadas com repercussão interestadual ou internacional, quando demandarem ações uniformes.

3. Respeito às competências estaduais e municipais:

O texto reafirma que as novas competências atribuídas à União não interferem nos poderes concorrentes ou comuns dos estados e municípios em questões de segurança pública.

Contexto das mudanças

A nova versão foi apresentada após uma minuta inicial ter sido criticada por governadores, que a interpretaram como uma tentativa de centralização da segurança pública pela União. Em resposta, Lewandowski conduziu uma série de reuniões com governadores, nas quais ouviu contribuições para refinar a proposta. Segundo ele, o processo foi conduzido de forma democrática e transparente, resultando em um texto mais consensual.

Em coletiva realizada nesta quarta-feira (15/1), o ministro destacou que a PEC explicita, no âmbito constitucional, que as competências da União serão exercidas sem excluir a cooperação e concorrência dos estados e municípios, reforçando a colaboração entre os entes federativos.

Próximos passos

O texto será submetido à Casa Civil, que poderá realizar ajustes adicionais antes de enviá-lo ao Congresso Nacional. A proposta ainda será submetida a debates e votações nas duas casas legislativas, onde precisará de ampla aprovação para ser incorporada à Constituição.

Com essas mudanças, o Ministério da Justiça afirma que buscará modernizar as forças de segurança federais, ampliando suas responsabilidades enquanto respeita o papel das administrações estaduais e municipais na gestão da segurança pública.

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