Na tarde do dia 26 de maio, houve em Foz do Iguaçu a Marcha da Maconha, num cântico pacífico à liberação desta droga. É bem verdade que informações dão conta de que apenas 120 (cento e vinte) pessoas participaram do movimento.
Menos mal.
Estudos apontam que mais de 80% da população brasileira é contra a liberação da maconha. E esta rejeição é ainda maior entre a população carente.
Os defensores da liberação sugerem que reduziria a população carcerária, acabaria a guerra contra o Tráfico, reduzindo a violência e gerando mais impostos. Até celebridades televisivas já foram à público defender a liberação.
A disponibilidade é a mola propulsora do consumo e isto vale para qualquer tipo de droga.
Não faz sentido dizer que com a liberação da maconha a violência diminuiria, afinal, no Brasil, a imensa maioria dos Traficantes que vende maconha, também vende cocaína, crack…
Alguns estudiosos dizem que a maconha é uma droga leve.
Num passado esta afirmativa poderia ser verdadeira, mas hoje isso é mentira. Atualmente o princípio ativo, o THC, é muito alto, principalmente quando a maconha é oriunda do Paraguai, principal porta de entrada desta droga no Brasil.
O simples consumo já altera a consciência do usuário e isto pode causar enormes malefícios.
A maconha não é perigosa porque ela é ilegal. Ela é ilegal porque é perigosa.
O “abre-alas” para entrada no mundo das drogas é o álcool. Depois vem a maconha, cocaína, crack… e o final é devastador.
Quanto mais cedo prevenirmos o consumo da maconha, maior é a possibilidade da pessoa não se tornar uma viciada, um trapo humano, um doente, um leproso.
Hoje as drogas são um flagelo social, não escolhem classes.
Ao invés de participarmos da Marcha da Maconha, que tal participarmos da Marcha contra a Corrupção, contra a precariedade da Saúde Pública? Ahh não, isto é muito chato, careta…
Enquanto tivermos renda e vício, teremos o Tráfico de Drogas. Isto ocorre em Foz do Iguaçu, Paris, Nova York.
Temos leis brandas que permitem qualquer um exteriorizar sua maldade e se sentir superior. Na contramão destas leis, uma excelente medida de combate à criminalidade foi a aprovação pela Câmara dos Deputados do projeto de lei número 7.663/10, de autoria do Deputado Osmar Terra, que aumenta a pena mínima de Traficantes.
Precisamos de medidas firmes, rígidas, e não liberatórias.
É melhor um grama de prevenção do que um quilo de tratamento, do contrário, daqui alguns anos, nossos filhos, ao invés de pedirem um lanche para saciarem a fome, vão pedir um MacConha. Triste e preocupante prenúncio.
Sobre o autor
Matheus Araujo Laiola, Delegado da Delegacia do Adolescente de Foz do Iguaçu, ex-Delegado no Estado de Minas Gerais, Pós-graduado em Direito Constitucional, em Segurança Pública, em Gestão Pública, e Pós-Graduando em Investigação Criminal e Psicologia Forense.
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