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Governo não sabe combater o crack

por MARCELO FERNANDES DOS SANTOS
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GERAL
Governo não sabe combater o crack
Droga cruel

GERAL

“Está ficando claro que do jeito que nós tratamos as drogas até agora, não estamos resolvendo o problema”, disse ontem o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, durante o IX Congresso Nacional de Saúde Coletiva. E, falando para uma plateia formada, em sua maioria, por trabalhadores da saúde, emendou: “Nós sabemos os efeitos nefastos que o crack está fazendo na periferia deste país. Possivelmente nem o governo, nem vocês individualmente, nem o ministro da Saúde têm ainda uma certeza de como tratar isso”, reconheceu, sugerindo que o assunto fosse tratado no próximo congresso. E dando uma alfinetada nos Estados Unidos. “Senão fica muito fácil para um país rico dizer que está combatendo a droga, mandar colocar uma base militar na Colômbia”, disse.

E não foi a única vez que aquele país foi citado por Lula. Ao falar dos investimentos no SUS, o presidente afirmou que nos EUA há 50 milhões de pobres que não têm direito a nada. “Ah, se tivesse um SUS nos Estados Unidos, como seria bom para os pobres. Na próxima conversaque tiver com Obama, falo ‘Obama, faça um SUS'”, disse, arrancando risos da plateia. Entre os novos investimentos para a saúde, Lula citou a aquisição de novas 1,6 mil ambulâncias do Samu para reforçar o atendimento no país. De acordo com o presidente, o edital para a compra será realizado ainda neste ano. Também anunciou a compra de 160 veículos dotados de ambulatórios odontológicos para levar esse tipo de atendimento aos lugares mais longínquos do Brasil.

Outro ponto abordado durante o evento pelo presidente e pelo ministro da Saúde, José Gomes Temporão, foi o financiamento do SUS. Dados do Ministério da Saúde mostram que em 2008, foram gastos mais de R$ 48,6 bilhões em ações e serviços públicos de saúde, o que corresponde a 6,45% das receitas correntes da União (mais de R$ 754 bilhões). O ministro qualificou de vil a atitude da oposição de derrubar a Contribuição Provisória sobre a Movimentação Financeira (CPMF), impedindo a arrecadação de R$ 24 bilhões/ano para o sistema de saúde. O congresso termina hoje.

DP

Fábio Gaudêncio
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