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Estudante de Direito discute com guarda-vidas e é detido ao passear com cachorro em praia. Veja o vídeo!

por Editoria Delegados

 

 

Era para ser um passeio pela praia, em Itapoã, Vila Velha, mas o estudante de Direito Leonardo Márcio Mônico, de 30 anos, acabou preso. Ele passeava com seu cão e teria insultado um guarda vidas ao ser abordado.

 
“Eu estava preocupado com minha cachorra que ele estava tentando escorraçar e espantar. A minha intenção era proteger o animal e a dele era de me engravatar, perdi o ar e foi horrível. Eu tentei fugir dele e mostrar que não estava fazendo nenhum mal”, alegou o estudante.

 

 Em Vila Velha é proibida a permanência e circulação de animais nas praias, praças e calçadas, segundo a Lei Municipal 3500/98. A lei defende que a medida é preventiva contra transmissão de doenças e a fiscalização é de responsabilidade do Centro de Controle de Zoonoses, mas segundo a Secretaria de Defesa Social de Vila Velha, os guarda-vidas devem fazer abordagens em caso de descumprimento da lei.

 

Nas imagens de videomonitoramento da prefeitura é possível ver o estudante correndo com um cão na areia da praia, quando é abordado por um guarda vidas. Eles discutem e Leonardo é segurado por colegas do agente. Em seguida, o estudante é levado para outro local, de onde tenta escapar. Leonardo ainda reagiu à prisão no momento da chegada da Polícia Militar, mas acaba sendo detido.

 

“O cachorro estava incomodando algumas pessoas, que foram até os guarda-vidas, que eram os agentes públicos presentes no local. Ele começou a xingar e usou termos pejorativos de injúria racial, por causa da cor de um dos guarda-vidas e acabou generalizando a confusão, envolvendo outras pessoas que estavam na praia, que inclusive queriam linchá-lo”, pontuou o Delegado de Polícia, Robson Lemos Martins.

 

O estudante, que passou seis anos estudando na Alemanha, diz que sabia da proibição de circulação de animais na praia e alegou ineficácia na lei. “Uma lei para ser eficaz ela tem que ser funcional e essa lei ela tira a liberdade do pessoal que mora num prédio de passear com um cachorro na areia da praia”, afirmou Leonardo Márcio Mônico.

 

A mãe do estudante, Rosilda Telles Stippch, ficou desesperada ao ver o filho entre os guarda vidas e alegou que o filho é esquizofrênico. “Meu filho ficou muito agitado, ele toma remédio e já foi internado duas vezes. Ele tem esquizofrenia”, disse.

Após pagar multa de R$ 5,1 mil o rapaz foi liberado, mas foi autuado por injúria racial e resistência à prisão. Se condenado, o estudante pode ficar preso entre um a três anos.

 

 

folha vitória

 

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