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Delegados entram de greve em todo estado de Goiás

por Editoria Delegados

 

 

 

“Infelizmente foi o meio que os delegados encontraram para dialogar com o Governo”, ressaltou o Delegado de Goianésia, Marco Antonio Maia Junior, em entrevista ao Portal Meganésia em seu primeiro dia de greve. A greve dos delegados estava programa para ter início um dia após a queda do helicóptero, porém, com o acidente eles resolveram adiar e inicia-la assim que fosse sepultada a última vítima da tragédia.

 

De acordo com Marco Antonio, a paralisação não se dará apenas por causa dos baixos salários que os delegados possuem, mas também por falta de estrutura que a Polícia Civil vem atravessando nos últimos anos. Além da falta de delegados, agentes e escrivões, as delegacias vem enfrentando a falta de combustível e reparos nos veículos. Marco Antonio ressaltou que os Delegados do Estado de Goiás irá completar em 2012 9 anos sem aumento. Uma negociação foi iniciada, mas uma promessa feita à classe pelo Governador Marconi Perillo não foi cumprida.

 

Durante a entrevista, Marco Antonio frisou que nossa cidade já passou por dias melhores. Em 2010 quando ele chegou em Goianésia, a delegacia contava com 6 agentes a mais, posteriormente, a delegacia chegou a contar com 3 Delegados, e após as transferências de Alexandre Alvim para Ceres e Fabiane Drews para Jaraguá, Ele reassumiu os trabalhos realizados da Delegacia de Goianésia.

 

Com a greve, os flagrantes realizados durante o período de greve serão registrados apenas em Ceres onde terão delegados trabalhando em regime de plantão, porém, os trabalhos de investigação não serão paralisados, até porque na maioria dos casos este tipo de trabalho é realizado pelos agentes.

 

Confira a entrevista completa no áudio abaixo onde o Delegado também fala sobre os trabalhos de investigação do caso estupro, bem como da onda de assalto que vem acontecendo em Goianésia.

NOTA AO CIDADÃO GOIANO

 

Cidadão (ã),

 

Os Delegados de Polícia do Estado de Goiás estão HÁ 07 (SETE) ANOS sem reajuste salarial.

 

Na época do último reajuste, no ano de 2005, o salário mínimo era de R$ 300,00 (trezentos reais) e hoje, como todos sabemos, é de R$ 622,00 (seiscentos e vinte dois reais). A cesta básica, o aluguel, o combustível, as mensalidades escolares, ou seja, o custo de vida em geral teve elevações significativas, mas o salário do Delegado continua o mesmo.

 

Os Delegados de Polícia, reconhecidos como carreira jurídica no ano de 2011, atualmente ganham menos da metade dos salários recebidos por promotores, juízes e outros servidores públicos considerados como tal. Como se percebe, o reconhecimento da carreira como jurídica não redundou em melhorias salariais e institucionais.

 

A categoria tenta de maneira serena e ordeira há mais de 03 (três) anos uma saída para o impasse e sempre se depara com promessas não cumpridas e falta de respeito por parte do governo. Recentemente, o governo apresentou uma satisfatória promessa de reajuste aceita pela categoria, contudo, retrocedeu em seus termos sem uma explicação plausível, inclusive, reduzindo o número de vagas para o cargo de Delegado de Polícia, mesmo diante do vertiginoso aumento da criminalidade.

Cansados de esperar e cientes da única alternativa no momento para a conquista dos nossos direitos e valorização da nossa carreira, os Delegados de Polícia do Estado de Goiás resolveram, de forma ordeira e legal, iniciar um movimento grevista que visa compelir o governo ao cumprimento de suas promessas e possibilite um salário compatível com as responsabilidades e importância do cargo.

 

Contamos com a compreensão e apoio de todos ao nosso movimento.

O fortalecimento da Polícia Judiciária reverterá em benefícios à sociedade.

 

     Wilson Luís Vieira,                                           Waldson de Paula Ribeiro,

Presidente do SINDEPOL.                                         Presidente da ADPEGO.

 

meganesia

 

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