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Delegados de Goiás param na segunda-feira

por Editoria Delegados
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Um grupo de seis delegados goianos esteve no Jornal Opção nesta terça-feira, 20, para anunciar a paralisação da categoria. Eles representam o Sindepol-GO (Sindicato dos Delegados de Polícia do Estado de Goiás), entidade que engloba 371 delegados em atividade no Estado de Goiás. A previsão do grupo é de que a greve comece na segunda-feira, 26.

 

Em paralisações anteriores, o grupo chegou a interromper as atividades completamente, mas dessa vez haverá um delegado responsável por cada uma das 14 centrais regionais de flagrante, a fim de auxiliar a população em casos de autos em flagrante. Além disso, 30% dos profissionais devem continuar trabalhando, conforme estabelece a Constituição Federal.

 

Apesar de afirmarem de maneira contundente que não gostariam de paralisar os trabalhos, os delegados acreditam que essa é uma medida “emergencial” e “extrema”. O problema encontrado pela categoria é semelhante ao de outros grupos profissionais que tem aberto reinvindicações ao governo: a remuneração.

 

De acordo com o presidente do Sindepol, delegado Wilson Luís Vieira, a situação da categoria é peculiar, já que há sete anos não ocorre nenhum reajuste salarial. Eles pedem uma equiparação salarial com a média dos outros grupos de profissionais da carreira jurídica, como magistrados, promotores e procuradores de Justiça. Esses profissionais tem uma remuneração de, em média, R$ 18 mil, enquanto os delegados ganham R$ 8.748 mil em início de carreira, podendo chegar ao valor máximo de R$ 12 mil – que, atualmente, é o patamar de apenas 33 deles. “Claro que não queremos ganhar o mesmo que esses outros cargos, mas a diferença atual é enorme”, explica.

 

Por causa da falta de reajuste desde 2005, já são 44% de perdas salariais. Com esses valores, a categoria tem o 18° salário no ranking brasileiro. De acordo com os cálculos do sindicato, o reajuste proposto geraria um impacto de apenas 0,95% na folha de pagamento estadual, incluindo servidores ativos e inativos. “Esse não seria o problema, porque não comprometeria, não influenciaria metas fiscais”, alega o presidente do Sindepol.

 

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