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Delegados conseguem instituir gratificação de R$ 2 mil no ‘salário’

por MARCELO FERNANDES DOS SANTOS
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SANTA CATARINA
Delegados conseguem gratificação de R$ 2 mil no ‘salário’

Forma alternativa de melhoria sem atrelar às outras categorias que sempre querem aumento quando os delegados recebem

SANTA CATARINA

Foi aprovado o Projeto de Lei nº 521/09, enviado pelo Executivo, que institui gratificação de representação de delegado de polícia, no valor de R$ 2 mil. Esta representação atinge tanto os delegados da ativa como os inativos.

O PL, que concede abono aos delegados da Polícia Civil de Santa Catarina e que teve sua análise prestigiada por diversos representantes da categoria, teve longa discussão, mais especificamente direcionada às emendas colocadas em destaque pela bancada do PT e pelo deputado Sargento Amauri Soares (PDT).A emenda substitutiva global apresentada pelo PT, que propunha a ampliação do benefício no valor de R$ 500,00 para todo o segmento da segurança pública, foi defendida pelos deputados da bancada Vânio dos Santos, Dirceu Dresch, Ana Paula Lima e Pedro Uczai.

Este último explicou que a proposta de substitutivo global não se chocava com a governamental, apenas ampliava o abono para outros servidores. “O governo atua de forma irresponsável ao fragmentar a política salarial, dividindo a categoria para desligitimar o segmento. O problema não é o distanciamento financeiro, mas a desmotivação dos demais servidores”, afirmou Uczai.

Já a emenda proposta pelo deputado Soares tem como base o artigo 27 da Lei Complementar 254, que estipula que “não haverá tratamento salarial diferenciado entre funcionários da segurança pública”. O autor defendeu sua proposição salientando que apesar de uma Ação Direta de Inconstitucionalidade ter derrubado artigos da Lei 254, o artigo 27 permanece valendo.

O deputado Darci de Matos (DEM) salientou que o substitutivo global possuía vício de origem e não tinha fundamentação legal, enquanto a outra emenda estava relacionada a diferenças entre carreiras e não na categoria. Ambas as emendas acabaram rejeitadas pelos demais parlamentares.

Apreciados os destaques, o projeto original foi debatido. Mesmo com a virtual aprovação por unanimidade, a oposição registrou seu descontentamento com a política salarial desencadeada pela atual administração. O deputado Kennedy Nunes (PP) alertou que “o governo não tem uma política clara para o funcionalismo público e que os abonos, concedidos cada hora a um ramo, não valorizam o servidor público como um todo”.

O também progressista Joares Ponticelli ressaltou que os problemas da segurança pública são amplos e que não é “apenas esta ação paliativa que vai colocar ordem na situação. Ele criticou a defasagem de sete anos em todo segmento do funcionalismo e, principalmente, a não reposição das perdas pela inflação.

Na mesma direção, o deputado Edison Andrino (PMDB), que faz parte da base governista, criticou a resolução das defasagens salariais de forma individual. “O governo não pode tratar superficialmente o funcionalismo público. É preciso um plano de cargos e salários para toda a categoria e não um encaminhamento de abono semanalmente. Esta postura coloca categoria contra categoria e o servidor continua sem um plano de cargos e salários a sua altura”, concluiu.

ALESC e Associação dos Delegados/SC
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