Os direitos dos policiais civis aposentados e a Lei Orgânica

O governador do Estado de São Paulo, Tarcísio Gomes de Freitas (Republicanos), pretende, em breve, encaminhar à Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo (Alesp) um projeto para regulamentar, em solo bandeirante, a lei federal 14.735. Sancionada em 23 de novembro de 2023, tal legislação institui a Lei Orgânica Nacional das Polícias Civis. A proposta […]

Por Editoria Delegados

O governador do Estado de São Paulo, Tarcísio Gomes de Freitas (Republicanos), pretende, em breve, encaminhar à Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo (Alesp) um projeto para regulamentar, em solo bandeirante, a lei federal 14.735. Sancionada em 23 de novembro de 2023, tal legislação institui a Lei Orgânica Nacional das Polícias Civis.

A proposta visa estabelecer a nova Lei Orgânica da Polícia Civil no Estado de São Paulo, disciplinando obrigações, direitos e prerrogativas da categoria, além de, em tese, garantir melhores condições de trabalho aos profissionais da instituição. Acredito que este seja, portanto, o momento ideal para consolidar, por meio da nova legislação, também os direitos dos policiais civis aposentados e dos pensionistas, conforme assegurado em âmbito nacional.

Aproveito o fato de o tema estar em evidência, para elencar alguns dos principais direitos da categoria em tela. Entre eles, destaco o documento de identidade funcional, com validade em todo o Brasil, padronizado pelo Poder Executivo Federal e expedido pela própria instituição (inciso I, artigo 30). Também se inclui o direito ao registro e ao livre porte de arma de fogo em todo o território nacional (inciso II, artigo 30).

Merece menção, ainda, o direito ao recolhimento em unidade prisional da própria Polícia Civil para o cumprimento de prisão provisória, ou de sentença penal condenatória transitada em julgado (inciso IV, artigo 30), assim como a pronta comunicação da prisão à Administração Superior da Polícia Judiciária ou, alternativamente, ao sindicato ou à associação que represente legitimamente a categoria (inciso V, artigo 30).

Destacam-se, também, o auxílio-saúde de caráter indenizatório (inciso XXIII, artigo 30) e o atendimento em unidades médicas da Polícia Civil, garantindo assistência ambulatorial, clínica, psicológica, psiquiátrica e terapêutica, além da realização de cirurgias de maior complexidade (parágrafo 18, artigo 30).

Outro ponto essencial diz respeito às regras diferenciadas para a aposentadoria, com critérios específicos para tempo de contribuição e serviço policial, especialmente para as mulheres (parágrafo 17, artigo 30).

Ademais, há o direito à pensão vitalícia para cônjuge ou companheiro de servidor falecido em decorrência de agressão, contaminação por moléstia grave, doença ocupacional, ou em razão da função policial, assegurando remuneração equivalente ao cargo de classe mais elevada à época do falecimento (parágrafo 9º, artigo 30).

Neste contexto, vale sublinhar o direito à aposentadoria com integralidade e paridade, além do fim do desconto previdenciário para policiais aposentados e pensionistas, corrigindo, assim, uma injustiça imposta pela reforma administrativa do Estado de São Paulo.

Considero fundamental que todos estes direitos sejam garantidos na nova legislação estadual. Os policiais civis aposentados, afinal, arriscaram suas vidas em prol do serviço público e da segurança da população paulista, por décadas. Nada mais justo que sejam reconhecidos, respeitados e recebam uma retribuição à altura de toda a dedicação à sociedade.

*Dr. Mário Leite de Barros Filho é delegado de Polícia, assessor jurídico institucional do Sindicato dos Delegados de Polícia do Estado de São Paulo (Sindpesp) e professor de Direito Administrativo Disciplinar da Academia de Polícia do Estado de São Paulo (Acadepol).

DELEGADOS
Portal Nacional dos Delegados

Veja mais

Projeto leva Polícia Civil às escolas para prevenir a violência juvenil no Piauí

(PI) Delegado-Geral Lucy Keiko enfatizou a relevância de inserir informação no ambiente escolar como estratégia para evitar o recrutamento de adolescentes por organizações criminosas e reduzir a exposição a diferentes

Furto, roubo, receptação e interrupção de serviços: Breves comentários à Lei 15.181/2025

Por Rogério Sanches Cunha e Adriano Sousa Costa

Homem coloca mão na frente de arma e tem dedos “explodidos” por tiro

Um morador da zona rural de Formosa, no Entorno do Distrito Federal, sofreu lesões severas na mão após ser baleado na noite de domingo (11/8). O suspeito, detido em flagrante,

É possível parar o ciclo da violência contra a mulher; denuncie

Campanha Salve Todas 2025 reforça importância da denúncia e mobiliza população para romper o ciclo de violência

Chefe de facção morre após atirar contra policiais do RN

(RN) Polícia do RN dá exemplo de como tratar criminosos: cerco de 22 horas termina com 3 mil disparos e todos os faccionados mortos

Polícia Civil da Bahia homenageia delegada Patrícia Aires durante campanha Agosto Lilás

(BA) Delegada era referência no combate a violência doméstica. Tributo faz parte das ações da Campanha “Nenhuma a Menos”

Rafael Fonteles sanciona lei que cria Sistema de Inteligência de Segurança Pública no Piauí

(PI) A medida visa unificar as forças policiais do estado e aprimorar a eficácia no enfrentamento à criminalidade
Veja mais

Laércio Evangelista segue, pela 3ª vez, na Lista dos Melhores Delegados de Polícia do Brasil! Censo 2025

POST-MELHORES-DELEGADOS-2025-LAERCIO-EVANGELISTA

Laércio Ivando Evangelista Pires Ferreira graduou-se em Direito pelo Centro de Ensino Unificado de Teresina em 2006.Especialista em Ciências Criminais pela Faculdade Anhanguera – Ano 2017. Especialista em Ciências Criminais

SSP lança Revista Piauiense de Segurança Pública

FRANCISCO LUCAS, SECRETÁRIO DE SEGURANÇA PÚBLICA DO PIAUÍ
(PI) A publicação, que se consolida como um marco para o segmento, propõe reflexões sobre temas contemporâneos e relevantes da segurança pública e defesa social

Juíza absolve delegado de GO acusado de doar bens apreendidos

(GO) MP diz que recorreu da decisão. Juíza entendeu que não houve má-fé em processo aberto em 2020, em Uruaçu

Frederico Murta entra para a Lista dos Melhores Delegados de Polícia do Brasil! Censo 2025

Ferdinando Murta é delegado de Polícia Civil do Mato Grosso há 11 anos. Foi primeiro policial civil de Mato Grosso a concluir o curso de Academy do FBI

Delegado manda recado à bandidagem: “criminoso escolhe se quer vir ‘deitado’ ou preso”

(MT) Delegado Frederico Murta, CORE da Polícia Civil de Mato Grosso, deu detalhes da mega-operação que resultou na prisão de seis assaltantes

Adepol do Brasil apresenta resolutividade de inquéritos policiais das Polícias Civis em 2025

A metodologia adotada manteve como métrica central o critério reconhecido internacionalmente entre agências policiais de investigação

Secretário Samuel Nascimento é condecorado com medalha de honra em visita à Delegacia-Geral da Polícia Civil

(PI) Reconhecimento pelo apoio e pela dedicação às demandas da Polícia Civil.
Veja mais