Delegados do RS protestam contra reajuste salarial apresentado pelo governo

Associação de delegados afirma que categoria vai deixar de participar de reuniões do RS Seguro Os delegados da Polícia Civil gaúcha não vão mais participar de reuniões do RS Seguro, programa coordenado pelo gabinete do governador e que tem um comitê executivo para acompanhar metas a serem atingidas na área da Segurança Pública. A classe […]

Por Editoria Delegados

Associação de delegados afirma que categoria vai deixar de participar de reuniões do RS Seguro
Os delegados da Polícia Civil gaúcha não vão mais participar de reuniões do RS Seguro, programa coordenado pelo gabinete do governador e que tem um comitê executivo para acompanhar metas a serem atingidas na área da Segurança Pública. A classe também sinalizou que não irá atuar na prevenção de crimes eleitorais no pleito deste ano, função que atribui à Polícia Federal.

Ambas decisões foram anunciadas nesta terça-feira, cinco dias após a categoria retomar o voto de silêncio que suspende entrevistas no estado.

As medidas foram adotadas como forma de protesto contra a reforma de carreiras proposta pelo governo Eduardo Leite, que prevê recomposição de 12% em salários da Segurança Pública. A correção abrange servidores da Polícia Civil, Brigada Militar, Corpo de Bombeiros Militar, Instituto-Geral de Perícias e Superintendência dos Serviços Penitenciários (Susepe).

O reajuste será dividido em três etapas, com aumento de 4% em cada uma: em janeiro e outubro de 2025 e em outubro de 2026. A estimativa é que o impacto nas contas públicas ultrapasse R$ 1 bilhão.

De acordo com a Associação dos Delegados de Polícia do Rio Grande do Sul (Asdep), entretanto, o valor da recomposição ainda é insuficiente. Isso porque, ainda conforme a entidade, a categoria acumula defasagem superior a 64% desde 2014.

“Decidimos aumentar as medidas restritivas, na intenção de convencer o governo da necessidade de recompor os salários da classe e da Polícia Civil em geral. Ao longo de uma década, houve apenas 6% de reajuste em 2022, o que apenas serviu para recompor a inflação daquele ano. Os índices de criminalidade nunca estiveram tão baixos, são o carro chefe do governador. Apesar disso, parece que ainda não houve reconhecimento do trabalho exercido pelos servidores. Esperamos que Eduardo Leite reveja esse posicionamento”, afirmou o presidente da Asdep, delegado Guilherme Wondracek.

A Secretaria de Segurança Pública (SSP) divulgou nota na tarde desta terça-feira destacando que as reuniões continuarão.

• Confira a nota da SSP:

“A Secretaria da Segurança Pública e o Programa RS Seguro respeitam a manifestação da Associação dos Delegados de Polícia do RS (Asdep), assegurando, contudo, o direito dos cidadãos à informação sobre ações e operações da Polícia Civil.

Em relação às reuniões do Programa RS Seguro, elas seguirão sendo realizadas por serem uma obrigação funcional dos delegados. Além disso, servem como momento de verificação de uma situação mais pontual, com trocas de informação relevantes.

Os delegados de polícia, por meio de sua entidade de classe, têm o direito de manifestar suas opiniões sem que isso gere prejuízo à sociedade. A SSP e a Polícia Civil seguem trabalhando e dialogando com a categoria na busca de uma solução viável sem comprometer as finanças do Rio Grande do Sul.”

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