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‘Se cobrar presença é perseguir, sou perseguidor’, diz delegado sobre denúncia

por MARCELO FERNANDES DOS SANTOS

ALAGOAS
‘Cobrar presença é perseguir’

‘Sou perseguidor’, diz delegado


ALAGOAS

{loadposition adsensenoticia}O Sindicato dos Policiais Civis de Alagoas (Sindpol) irá entrar com uma Ação Direta de Inconstitucionalidade (Adin) contra o decreto de nomeação do delegado Arnaldo Soares de Carvalho, ocorrida na década de 80, sem a necessidade da realização de concurso público. A entidade afirma que o delegado está perseguindo policiais civis que estão participando do movimento grevista.

De acordo com Josimar Melo, vice-presidente do Sindpol, o ingresso da ação terá o apoio da Confederação Brasileira dos Policiais Civis. Segundo ele, a decisão foi tomada na última assembléia da categoria e poderá se estender a outros delegados nomeados sem concurso público.

“A princípio a ação será movida contra o delegado Arnaldo, mas se houver perseguição por parte de outro delegado, faremos isso também. Um colega nosso do Sindicato está com faltas por conta da perseguição do delegado. Nessa Adin vamos pedir a ilegalidade do decreto governamental da nomeação do delegado Arnaldo. Em relação aos delegados concursados, não temos o que fazer”, colocou.

“Perseguidor”

Sobre as denúncias do Sindpol, Soares de Carvalho afirmou que o membro do sindicato faltou todos os dias do mês de maio e, até agora, em junho, não apareceu para trabalhar. O delegado, responsável pelo Departamento de Polícia da Capital, disse que as presenças não foram computadas, pois o policial não compareceu.

“Se cobrar presença é perseguir, sou perseguidor. Ele não deu um dia de serviço. A greve foi decretada ilegal e por isso, não tinha como abater as faltas. A determinação da Delegacia Geral é essa e estou fazendo a minha parte”, disse o delegado.

Soares de Carvalho afirmou não também que o agente solicitou a transferência para um distrito policial, porém voltou a afirmar que não iria trabalhar. “Ele quer ir para outra delegacia para não trabalhar e por isso não saiu a transferência. Não vou mandar um policial que não vai trabalhar. E tem mais, não tenho medo de processo, se quiser processar, pode processar, se ele provar que trabalhou, o que não ocorreu, eu retiro as faltas”, finalizou.

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