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Preso ‘de confiança’ é autorizado a buscar pimenta para almoço e foge de presídio

por Editoria Delegados

 

 

 

Um preso de ‘confiança’ conseguiu fugir pela porta da frente na tarde do domingo (18), do presídio regional padrão de Cajazeiras (480 km de João Pessoa/PB). De acordo com a polícia, o detento trabalhava na cozinha do presídio e transitava livremente.

 

Neste domingo, ele informou aos agentes penitenciários que precisava sair para pegar pimenta para o tempero do almoço. Com o consentimento, ele saiu do presídio e decidiu não mais voltar.

 

Ao perceberem que o tempo passava e o apenado não retornava, os agentes decidiram comunicar o fato à direção do presídio, que por sua vez acionou o 6º Batalhão de Polícia Militar.

 

As buscas foram iniciadas, mas até o início da tarde desta segunda-feira (19) ele não havia sido recapturado. A Secretaria de Administração Penitenciária não se pronunciou oficialmente sobre o caso. O gerente do Sistema Penitenciário da Paraíba, coronel José Cláudio, não foi localizado.

 

Um preso passa a ser considerado de confiança quando apresenta um bom comportamento dentro da unidade prisional e acaba ganhando a simpatia da direção e dos agentes penitenciários.

 

Apesar de ser uma realidade, o termo preso de confiança não existe (e não pode existir) oficialmente. Dados da Secretaria de Administração Penitenciária apontam que há cerca de 330 presos na cidade de Cajazeiras.

 

Quem ganha o título “de confiança” passa a ter regalias que os demais não possuem. No presídio de Cajazeiras, por exemplo, onde a fuga foi registrada, bastava o preso “de confiança” informar que precisava resolver alguma coisa relacionada ao presídio (como o preparo do almoço) para os portões serem abertos imediatamente.

 

Antecedente

Na semana passada, outro detento, também considerado “de confiança”, fugiu pela porta da frente do presídio regional de Patos, no sertão paraibano.

 

No relatório policial, consta que os agentes penitenciários informaram que o preso saiu escoltado para jogar o lixo em um matagal e, aproveitando um momento de distração dos agentes, conseguiu fugir.

 

O detento trabalhava na cozinha e, informalmente, tinha a liberdade de ‘ir e vir’. Ele continua foragido.

 

uol

 

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