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Prefeito do interior de Mato Grosso tenta agredir jornalista da Record. Veja o vídeo!

por Editoria Delegados

 

 

A jornalista Elissa Neves registrou um boletim de ocorrência e um Termo de Representação Criminal contra o prefeito de Barra do Bugres (168 km médio-norte de Cuiabá), Wilson Francelino de Oliveira (PSD). Ele a agrediu durante uma entrevista e toda ação foi registrada pelo cinegrafista da emissora Independência, afiliada à Rede Record.

O fato aconteceu no ginásio de esportes do município, onde era realizada a abertura do campeonato estudantil. O Sindicato dos Jornalistas de Mato Grosso (Sindjor) divulgou uma nota de repúdio e, conforme a entidade, é o quinto caso de violência registrado contra profissionais nos últimos 2 anos.

As imagens foram expostas na Internet e no YouTube, recebendo mais de 17 mil acessos. Oliveira usou uma das mãos para apertar o pescoço da vítima e sussurrou no ouvido dela que daria entrevista apenas ao vivo. Quando percebeu que era filmado soltou a jovem, que manteve a postura profissional e argumentou que ele a machucou.

O superintendente da emissora, Cristiano Rodrigues, estava no local e diz que o prefeito deu um sorriso sarcástico e negou que a ação era uma agressão. Na análise dele, o gestor municipal tem uma relação conflituosa com a emissora, que fez várias reportagens denunciando casos de improbidade administrativa, sendo que uma delas ganhou repercussão nacional.

Na abertura dos jogos estudantis, o prefeito era o único representante do município no local, o que fez com que a repórter tentasse uma entrevista sobre o evento. O presidente do Sindjor, Téo Meneses, viu a imagem e avalia que a conduta da repórter como correta.

Ele diz que a violência está clara e que a jornalista deixou claro que queria uma declaração sobre o evento e não sobre as denúncias. Mesmo que fosse sobre as acusações de improbidade administrativa, bastava o gestor dizer que não daria entrevista.

Mais casos – Em maio deste ano, o jornalista Kleber Lima recebeu uma ameaça por telefone e divulgou que elementos o levavam a acreditar que a motivação era a cobertura da fraude investigada pela Delegacia Fazendária e intitulada Operação Vespeiro.

No mês anterior, a jornalista Danielly Tonin registrou um boletim de ocorrência contra um secretário municipal. Ela relatou que recebia ameaças por telefone e convites ‘estranhos‘ do suspeito.

As ligações começaram depois de ser publicada uma matéria que apontava irregularidades em campanhas publicitárias. Em julho do ano passado, o jornalista Auro Ida foi assassinado em um bairro da periferia de Cuiabá. Investigaçõesda Polícia apontam para motivação passional.

Na cidade de Pontes e Lacerda (448 km a oeste de Cuiabá), o então vereador, Lourivaldo Rodrigues de Moraes (DEM), conhecido como ‘Kirrarinha‘, bateu no rosto da repórter Márcia Pache. A profissional o abordou na saída da delegacia, onde o político prestava depoimento. Toda a agressão foi filmada e a repercussão resultou na cassação do mandato.

Outro lado – A reportagem entrou em contato com a Prefeitura de Barra do Bugres, mas as ligações não foram atendidas.

 

jcorreio

 

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