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Policiais civis fazem ato por salários e barram vans da Rio 2016 em Brasília

por Editoria Delegados

DF: Categoria pedia equiparação com a PF em frente ao Palácio do Planalto

 

Duas vans do Comitê Organizador Rio 2016 foram cercadas e impedidas de seguir trajeto no no centro de Brasília, na tarde desta segunda-feira (8), durante um protesto de policiais civis por melhores salários. A categoria ocupou as seis faixas do Eixo Monumental em frente ao Palácio do Planalto, e apenas ambulâncias foram liberadas para seguir trajeto.

As vans estavam adesivadas com o logotipo da Olimpíada Rio-2016 e exibiam credenciais com as letras “MGA”, que indicam o estádio Mané Garrincha. A arena já recebeu quatro jogos de futebol, incluindo as duas partidas da seleção masculina do Brasil, e vai hospedar mais cinco jogos até o dia 13.

 

Policiais militares que acompanhavam a manifestação do Sindicato dos Policiais Civis (Sinpol) tentaram negociar a passagem dos veículos, sem sucesso. As vans foram obrigadas a retornar e traçar outro trajeto até o Mané Garrincha. O estádio também fica às margens do Eixo Monumental, a cerca de 4,5 km do Planalto.

A passagem das vans gerou discussão entre os policiais civis. “Precisamos atrapalhar eles, precisamos fazer barulho”, afirmou um agente, recebendo apoio de colegas. Após o retorno, os veículos seguiram no sentido da via L4 Sul.
Luta salarial

Na assembleia, os policiais civis do DF decidiram manter a operação-padrão, em vigor desde o início de junho, e suspender as paralisações gerais pelas próximas 72h, até a tarde de quinta-feira (8). Nesse período, a categoria diz esperar uma posição do governo quanto ao pedido de equiparação de salários e benefícios com a Polícia Federal.

O G1 entrou em contato com Palácio do Buriti para saber se uma nova proposta de reajuste será apresentada, mas não obteve retorno até a publicação desta reportagem. O G1 questiona o sindicato dos policiais sobre os valores absolutos e percentuais necessários para essa “equiparação” há quatro dias, mas ainda não obteve resposta.

Segundo a entidade, a assembleia reuniu 4 mil pessoas em frente ao Ministério do Planejamento, na Esplanada dos Ministérios. Além do diretor Rodrigo Franco, o deputado distrital e policial licenciado Cláudio Abrantes (Rede) e outros líderes da categoria falaram a favor do reajuste.

Após a assembleia, os policiais civis caminharam até o Palácio do Planalto, sede do governo do presidente em exercício Michel Temer. Três faixas do Eixo Monumental estavam isoladas para os policiais, que invadiram as outras três e bloquearam todo o trânsito no sentido rodoviária-Congresso.

Entre as propostas anunciadas no microfone, estavam a adoção de uma nova paralisação nesta quarta (10), entrega das armas e manifestações em frente à Secretaria de Segurança Pública. As ideias foram rejeitadas pela assembleia.

Na proposta aprovada, foi sugerido que chefes de sessão – papiloscopistas, oficiais de custódia e delegados-chefe – entreguem os cargos. Não há data prevista para este ato. Nas 72 horas de “trégua”, o sindicato diz que vai buscar apoio na Câmara Legislativa para a pauta de reivindicações.

Durante a caminhada, a categoria gritou palavras de ordem como “polícia unida jamais será vencida” e “faca na caveira, e nada na carteira” – bordão utilizado no filme “Tropa de Elite”. Apitos e rojões também foram usados no trajeto.

 

G1

 

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