Dez 05, 2023

Polícia Federal mira CACs e clubes de tiro e apura comércio ilegal de armas de fogo

1
0
0
s2smodern

 

A Polícia Federal realizou nesta sexta-feira (21) uma operação contra investigados por falsidade ideológica para comércio e porte ilegal de armas. Uma pessoa foi presa em Maceió, Alagoas. Mandados de prisão e de busca e apreensão também foram cumpridos em Pernambuco e São Paulo.


Os crimes investigados aconteceram em Caruaru, no interior pernambucano. Segundo a PF, os suspeitos fraudavam o registro de Colecionador, Atirador desportivo e Caçador (CAC) para aquisição de armas que, depois, eram vendidas (entenda no vídeo abaixo como funciona o registro de CAC).


O grupo ainda usava perfis em rede social para divulgar a venda e fazer conteúdos que incitavam o uso de armas. Os nomes dos investigados não foram divulgados pela Polícia Federal.

No total, foram expedidos quatro mandados de prisão preventiva, 37 mandados de busca e apreensão, 11 ordens de suspensão das atividades de natureza econômica de pessoas jurídicas, sequestro de bens adquiridos a partir de 2019 e bloqueio de dinheiro. Os valores dos recursos bloqueados não foram divulgados.


Em Maceió, a operação ocorreu em uma loja de armas no bairro da Serraria, onde os policiais apreenderam um computador e documentos. Um funcionário da loja foi preso em cumprimento a um mandado de prisão expedido pela justiça pernambucana. Segundo a PF, ele é ex-funcionário do clube de tiros investigado em Caruaru.


Em contato com o g1, o proprietário da loja de armas informou que o homem preso estava trabalhando no local há pouco tempo, após se mudar de Caruaru para Maceió, e que não tinha conhecimento do envolvimento dele com qualquer crime.

 

O que diz a investigação


A operação é feita a pedido da Justiça de Caruaru, em Pernambuco, após representação da Polícia Federal e Ministério Público Federal.


Ao longo da investigação, a polícia identificou a articulação do grupo como uma organização criminosa dedicada à produção de documentos falsos para "viabilizar e dar aparência de legalidade tanto ao comércio, quanto ao porte ilegal de armas de fogo".


Os criminosos usavam pessoas jurídicas para produzir entrevistas, vídeos e outros conteúdos, e difundir o material pela internet. Também eram feitas publicidades ilegais para a venda, estimulando o uso indiscriminado de armas de fogo e incitando a prática de crimes.


Na ação, a Justiça ainda determinou o bloqueio de 14 páginas, entre perfis e canais de disseminação do conteúdo ilegal.


Os investigados podem responder pelos crimes de pertencimento a organização criminosa, falsidade ideológica, uso de documento falso, porte ilegal de arma de fogo, comércio ilegal de arma de fogo, dentre outros crimes. As penas somadas podem chegar a 30 anos de prisão e multa.


Com a operação, a polícia tenta identificar outros envolvidos e confirmar o modus operandi do grupo investigado sobre a execução de fraudes contra os sistemas dos órgãos públicos de fiscalização e controle.

g1


DELEGADOS.com.br
Portal Nacional dos Delegados & Revista da Defesa Social

1
0
0
s2smodern

Destaques