Ao todo, estão sendo cumpridos seis mandados de busca e apreensão e dois de prisão temporária. Investigação começou após goianas ficarem presas na Alemanha do dia 5 de março ao dia 11 de abril deste ano.
Brasileiras presas na Alemanha há um mês por tráfico de drogas tiveram etiquetas das malas trocadas no aeroporto de Guarulhos
A Polícia Federal de Goiás deflagrou, nesta quarta-feira (17), a segunda fase da Operação Iraúna para combater envio de drogas em malas com etiquetas trocadas em aeroportos. Ao todo, estão sendo cumpridos seis mandados de busca e apreensão e dois de prisão temporária contra quatro funcionários terceirizados do aeroporto de Guarulhos, em São Paulo.
Investigação começou após as goianas Jeanne Paolline e Kátyna Baía ficarem presas na Alemanha do dia 5 de março ao dia 11 de abril deste ano.
Como o nome dos alvos dos mandados não foram divulgados, o g1 não conseguiu localizar a defesa deles para um posicionamento até a última atualização desta reportagem.
De acordo com a polícia, os funcionários terceirizados alvos dos mandados são investigados por possível envolvimento no tráfico internacional de drogas. Ainda segundo a PF, o objetivo é identificar todos os integrantes da organização criminosa.
Segundo a polícia, essa nova fase é desdobramento da operação em abril deste ano, quando foram cumpridos seis mandados de prisão de outros funcionários terceirizados do aeroporto internacional de Guarulhos, envolvidos na troca das etiquetas das bagagens de duas brasileiras que teriam ficado presas na Alemanha, mesmo sem envolvimento no crime.
Presas após troca de etiquetas de malas
O sonho de viajar 20 dias pela Europa acabou em prisão por tráfico internacional de drogas em 5 de março desse ano, horas antes do desembarque em Berlim, na capital da Alemanha, o primeiro país que as goianas Jeanne Paolline e Kátyna Baía queriam conhecer. Elas também planejavam conhecer a Bélgica e a República Tcheca.
Lorena, irmã de Kátyna, conta que elas planejaram a viagem com muita antecedência. O objetivo dos dias pela Europa era celebrar um novo momento da vida profissional dela.
A prisão do casal em Frankfurt, a última conexão que faria antes de Berlim, motivou uma operação da Polícia Federal para descobrir o que aconteceu com as malas que foram despachadas em Goiânia e nunca chegaram ao país europeu.
Em Frankfurt, a polícia apreendeu no bagageiro do avião duas malas com 20kg de cocaína cada, etiquetadas com os nomes de Jeanne e Kátyna. A prisão aconteceu na fila de embarque da escala, sem que elas pudessem ter visto as malas.
As imagens das câmeras de seguranças do Aeroporto Santa Genoveva, em Goiânia, mostram o desembarque de duas malas, uma branca e uma preta. Jeanne conta que, na hora da prisão, não entendeu o que estava acontecendo.
“Eu caminhei algemada pelo aeroporto de Frankfurt, escoltada por vários policiais, sem saber o que estava acontecendo. Só depois de muito tempo que chegou uma intérprete que informou que nós estávamos sendo presas por tráfico de drogas. E assim que o policial apresentou as supostas malas, nós falamos de imediato que aquelas malas não eram nossas”, disse Jeanne.
Essas malas foram despachadas no aeroporto goiano, mas no meio do caminho, no Aeroporto Internacional de São Paulo, em Guarulhos, o maior do Brasil, as etiquetas foram trocadas por funcionários terceirizados que cuidavam das bagagens.
Segundo a Polícia Federal, nas escalas internacionais, o passageiro despacha a mala no aeroporto de origem e só pega de volta no destino final, ou seja, Jeanne e Kátyna nem viram a troca das bagagens e das etiquetas.
g1
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