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Ministério Público do TO vai investigar exoneração de 12 delegados regionais

por Editoria Delegados

TO: Um dos delegados exonerados é Bruno Boaventura, que estava à frente das investigações de lixo hospitalar encontrado em galpão

Delegado Bruno foi exonerado do cargo de delegado regional — Foto: Reprodução/TV Anhanguera

Dois inquéritos foram abertos pelo Ministério Público para apurar a exoneração de 12 delegados regionais da Polícia Civil dos cargos de chefia. Uma das investigações foi aberta pela promotoria de justiça em Palmas e a outra em Gurupi, ambas nesta segunda-feira (19).

O inquérito aberto pela promotoria de Justiça de Palmas busca investigar se integrantes do poder executivo praticaram atos de improbidade administrativa ao exonerar o delegado regional de Araguaína, Bruno Boaventura, e servidores da a Delegacia Especializada no Combate aos Crimes contra a Administração Pública (Dracma) de Palmas.

A Dracma está investigando o deputado Olyntho Neto (PSDB) por ceder um carro e um segurança da Assembleia para o irmão transportar uma mala com R$ 500 mil na véspera das eleições. Já o delegado Boaventura estava investigando um galpão encontrado com quase 200 toneladas de lixo hospitalar irregular em Araguaína. O local foi ligado pela polícia ao pai do deputado.

Já a investigação aberta pela promotoria de Gurupi tem como objetivo apurar se a decisão de exonerar o delegado regional de Araguaína, Bruno Boaventura, foi tomada por motivações políticas, “em retaliação ao trabalhado desenvolvido pela referida autoridade policial, especialmente em razão de diligências investigativas envolvendo parentes do deputado estadual Olyntho Neto”.

Será investigada também a exoneração de outros 11 delegados regionais. Os promotores responsáveis pelo inquérito de Gurupi citam que o governo não nomeou outros delegados para ocupar os cargos e isso provoca um desmantelamento da estrutura da Polícia Civil.

“[…] tendo em vista que as Delegacias Regionais de Polícia estão atualmente acéfalas, sem autoridades para comandar imediatamente centenas de policiais civis (delegados de polícia, escrivães, agentes, dentre outros servidores), podendo comprometer a eficácia da atividade finalística da Polícia Civil neste estado”, diz trecho do documento.

A investigação de Palmas foi aberta pela 9ª Promotira de Justiça e assinada pelo promotor Edson Azambuja. O inquérito de Gurupi foi aberto pelos promotores Roberto Freitas Garcia e Rafael Pinto Alamy, do Grupo Especial de Controle Externo da Atividade Policial (Gecep).

G1

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