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Juiz decide não arquivar inquérito contra ex-chefe de Polícia Civil do Rio

por MARCELO FERNANDES DOS SANTOS

RIO DE JANEIRO
Juiz decide não arquivar inquérito contra ex-chefe da PC

RIO DE JANEIRO

{loadposition adsensenoticia}O juiz em exercício da 32ª Vara Criminal, Guilherme Schilling Pollo Duarte, não atendeu o pedido do Ministério Público de arquivamento do processo sobre o ex-chefe da Polícia Civil, Allan Turnowski. Ele foi acusado de violação de sigilo profissional durante a Operação Guilhotina, da Polícia Federal, deflagrada em fevereiro.

Foi divulgado nesta segunda-feira (16) pelo Tribunal de Justiça do Rio que o juiz determinou a remessa dos autos ao Procurador Geral da Justiça (PGJ). Para o magistrado, o parecer da PGJ considerou que havia indícios suficientes para justificar a apuração com mais amplitude do suposto vazamento das informações sigilosas. Sendo assim, o pedido de arquivamento está destoante da manifestação da própria Procuradoria.

O ex-chefe da Polícia Civil aparece em uma escuta telefônica conversando com um inspetor que estava sendo investigado na operação, e supostamente o teria alertado. Turnowski sempre negou a acusação, afirmando que não tinha conhecimento da operação. Mesmo assim, ele foi indiciado pela PF.

Segundo o MP, não há provas de que Turnowski tinha conhecimento da operação. “Não há qualquer elemento de que tenha havido contato do então chefe de polícia com os supostos indiciados, como se vê dos relatórios apresentados.”

O MP lembra que outros investigados também não foram presos no dia da operação. “Inclusive, outros alvos da operação não foram presos e não foram encontrados em suas residências e, em momento algum, se supôs que estes outros tenham sido informados por alguém.”

O MP explica que “as ligações telefônicas, que resultaram no seu indiciamento, ocorreram em novembro do ano de 2010, (…), e a deflagração da referida operação ocorreu quase 04 (quatro) meses após, mais precisamente em 11 de fevereiro do corrente ano de 2011.”

O MP também alega que não faria sentido Turnowski alertar um investigado por telefone de que estava sendo monitorado. “Finalmente, seria ilógico que sabendo que alguém é alvo de monitoramento, que se diga para a pessoa através do telefone, que ela está sendo monitorada.”

G1

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