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Em 24 dias, operações no Rio contra corrupção prendem 42 PMs

por Editoria Delegados

RJ: Entre os mais de 40 presos estão dois ex-comandantes de batalhões

 

Em 24 dias, 42 policiais militares foram presos no Rio de Janeiroem duas grandes ações conjuntas de combate à corrupção. Nesta quinta-feira (9), a operação “Ave de Rapina” prendeu 16 PMs, todos do 17º Batalhão (Ilha do Governador), por suspeita de extorsão mediante sequestro. Entre eles, o ex-comandante Dayzer Corpas Maciel. A operação foi realizada pela Subsecretaria de Inteligência (SSINTE) da Secretaria de Segurança e pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) do Ministério Público.

 

A suspeita de extorsão que recai sobre o grupo teve origem em um vídeo que mostra uma abordagem feita por policiais a suspeitos de serem traficantes da região. As imagens, feitas em março, mostram que cinco pessoas foram abordadas pelos PMs perto da Base Aérea do Galeão, Ilha do Governador, mas, segundo as investigações, só três deles foram levados para a delegacia. Outros dois foram liberados em troca de dinheiro.

 

O ex-comandante do batalhão, o tenente-coronel Dayzer Corpas Maciel também deve ser processado por improbidade administrativa. Segundo Fábio Galvão, subsecretário de Inteligência da Secretaria de Segurança (Seseg), o material usado nas reformas feitas no batalhão era comprado em uma loja de ferragens que pertencia a parentes de Maciel e as contas encontradas indicam superfaturamento.

‘Amigos S.A.’

Em 15 de setembro, a operação Amigos S.A. prendeu 24 policiais militares suspeitos de participar de um esquema de propinas na Zona Oeste do Rio, entre eles, o ex-comandante coronel Alexandre Fontenelle Ribeiro de Oliveira, chefe do Comando de Operações Especiais (COE) da PM e o major Carlos Alexandre de Jesus Lucas, também lotado no COE.

 

Segundo o Ministério Público, os PMs faziam parte do 14° BPM (Bangu), inclusive os integrantes do Estado-Maior, e exigiriam pagamento de propina de comerciantes, mototaxistas, motoristas e cooperativas de vans, além de empresas transportadoras de cargas na área do batalhão. As propinas variavam entre R$ 30 e R$ 2,6 mil e eram cobradas por dia, por semana ou por mês para que ações criminosas não fossem reprimidas como mototaxistas, motoristas de vans e kombis não autorizados, transporte de cargas em situação irregular ou venda de produtos piratas no comércio popular de Bangu.

 

No fim de setembro, mais dois policiais militares foram presos suspeitos de envolvimento em o suposto esquema de corrupção. De acordo com a Secretaria de Estado de Segurança, o capitão Diego Soares Peixoto, lotado no 3º BPM (Méier), e o sargento Romildo Rodrigues Silva, do Comando de Operações Especiais (COE), foram presos sob acusação de que receber pagamento de mototaxistas, empresas, instituições financeiras e ambulantes no bairro de Bangu e adjacências, na Zona Oeste.

G1

 

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