Na próxima sexta-feira, vence o prazo dado pelos delegados da Polícia Civil à Secretaria de Defesa Social (SDS) para que seja revisto o valor pago no Programa de Jornada Extra de Serviço (PJES). Os delegados incluídos no programa recebem R$ 670 por quatro plantões mensais. A categoria fará uma assembleia na próxima segunda-feira e, caso o governo não ofereça um reajuste, deve acontecer entrega em massa dos plantões, o que inviabilizaria serviços essenciais como a Força-Tarefa do Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa.
De acordo com o presidente da Associação dos Delegados de Polícia de Pernambuco, Flaubert Queiroz, as jornadas extras variam de 12 a 24 horas e os valores são os mesmos desde o governo passado. Flaubert destacou que os plantões que utilizam delegados do PJES estão espalhados por todo o Estado e em postos estratégicos.
“O PJES é um programa de adesão voluntária. Os delegados podem entregar os plantões em massa e isso inviabilizaria todo o trabalho operacional da Polícia Civil. Essa nossa luta vem de muitos anos e sempre tivemos paciência em argumentar com o governo. No entanto, chegamos ao limite e precisamos de uma definição”, disse o presidente da Adeppe.
Pagar para que os policiais trabalhem em suas horas de folga é uma estratégia utilizada desde o governo Jarbas Vasconcelos para contornar o déficit de efetivo que se perpetuou na atual gestão. Somente assim para equacionar o déficit de delegados que é de mais de 200 profissionais em todo o Estado. No interior, existem 39 municípios que não possuem delegado titular e são atendidos por profissionais de cidades vizinhas em exercício cumulativo dos cargos.
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