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Delegado se irrita com acusação de inquérito mal feito e rebate família de jovem morto

por Editoria Delegados

 

 

O delegado Rubens Recalcatti, titular da Delegacia de Homicídios de Curitiba, ficou irritado com as declarações da mãe do jovem Andersandio Soares Franco, assassinado no último dia 23, no bairro Água Verde, pelo construtor Adeildo Fonguer. Ontem (7), Laudenice da Silva disse, em entrevista convocada pelo advogado Elias Mattar Assad, que o inquérito elaborado por Recalcatti foi mal feito, o que permitiu que o acusado responda ao crime em liberdade.

 

Ao vivo na Banda B hoje pela manhã, Recalcatti rebateu a acusação da família da vítima. “A Delegacia de Homicídios é extremamente competente, somos profissionais de respeito, temos conhecimento jurídico e trabalhamos com a legalidade. Se o pedido de prisão preventiva foi indeferido é uma questão da justiça e não posso responder por que. Quem decreta a prisão não sou eu”, afirmou.

 

Recalcaltti disse ainda que ouviu 12 pessoas e garantiu que o inquérito foi bem feito. Ao ser questionado, ao vivo, sobre que explicação seria possível dar para a mãe que vê o assassino do próprio filho em liberdade depois lhe dar oito tiros, o delegado respondeu: “Não admito que me venha falar em inquérito mal feito e ela vai responder por isso. Vejam vídeos na internet a respeito da vítima morta e procurem a história pra saber, já que ela quer criticar o trabalho da polícia por que não corrigiu seu filho antes? Mas não é este o detalhe, lamento ela ter perdido seu filho, lamento sua dor, mas o nosso trabalho foi bem feito. Não admito essa crítica”, rebateu.

 

O acusado apresentou-se na DH no último dia 24, na qual confessou o crime e disse que matou para se defender. A mãe de Andersandio protestou.  “Isso é uma injustiça, um inquérito mal feito deixa o rapaz em liberdade. Meu filho não era bandido, era alguém de bem. Estou indignada com tudo isso”, disse. “Por que o delegado não ouviu o outro lado? Amigos que viram o crime quiseram depor e não foram recebidos. O que existe por trás disso? Como fazer um inquérito sem depoimentos de testemunhas”, complementou.

 

Durante a coletiva foi apresentado o laudo do Instituto Médico Legal, a respeito da morte de Andersandio. No documento, está relatado que a vítima foi assassinada com oito tiros.

 

Relembre o crime

 

Andersandio foi assassinado após ter gravado imagens de uma briga na semana passada, em que Adaílton agredia um menor de 16 anos na feirinha do bairro. A briga teria acontecido em razão do excesso de barulho que o grupo do jovem estaria fazendo em frente ao prédio com o uso de skates.

 

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