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Delegado-geral reage contra declarações de promotores de justiça

por MARCELO FERNANDES DOS SANTOS
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GERAL
Delegado geral reage contra promotores
James Guerra Júnior

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Delegado-geral JAMES GUERRA JÚNIOR/PI

 

 

{loadposition adsensenoticia}O delegado geral da Polícia Civil do Estado do Piauí, James Guerra, reagiu a declarações dos promotores Eliardo Cabral e Ubiraci Rocha e disse, durante entrevista no Jornal do Piauí dessa quinta-feira, 06,  que a polícia não guarda nenhum segredo.

“Trabalhamos com investigação e o nosso trabalho não será conduzido por ninguém. O delegado Paulo Nogueira terá toda liberdade para seguir com o inquérito e se depender de mim ele não sai do caso”, informou James Guerra.

As declarações foram dadas em resposta à críticas do promotor Eliardo Cabral, que afirmou que Paulo Nogueira não seria capaz de conduzir as investigações por ter ligações com o partido PMDB, cujo um dos filiados é investigado por participação na morte de Fernanda Lages.

“Ele [Paulo Nogueira] não apresenta motivos para ser afastado. Ele não apresenta nenhuma conduta vedada que atrapalhe as investigações. A polícia não está fazendo segredo nenhum. Apenas algumas coisas têm que ser mantidas em sigilo para não atrapalhar o caso”, disse.

Vídeo em notebook

James Guerra garantiu que não existe nenhum vídeo comprometedor no notebook que pertencia a Fernanda Lages, e foi entregue a polícia para investigações. “Nossa equipe de técnicos averiguou e não encontrou nada”, explicou.

Pressa pelo fim do inquérito

“A polícia tem feito investigações convincentes. Agora, não podemos antecipar o relatório. Não precisa ninguém ficar angustiado. A Polícia Civil está tranqüila. Temos até a concepção de que nenhum inquérito é soberano. Agora, o relatório será divulgado na hora certa”, prometeu.

O delegado também tentou acalmou a população reafirmando o trabalho da polícia. “Não vejo como possa se esconder evidências. Se houver qualquer indício de envolvimento, eles serão investigados. Tudo que for solicitado pelo Ministério Público será investigado”, disse.

Delegados lançam nota e dizem que declaração de promotores é leviana

Os delegados piauienses, reunidos pelo seu sindicato, foram na manhã desta sexta-feira (7) à sede da Comissão Investigadora do Crime Organizado (Cico) prestar sua solidariedade ao delegado Paulo Nogueira, chefe do inquérito que investiga a morte da universitária Fernanda Lages Veras, morta no dia 25 de agosto. Para o presidente do sindicato categoria, delegado Sebastião Alves Alencar Neto, Nogueira foi alvo de declarações injustas feitas pelos promotores que acompanham o assassinato da jovem.

“Foram arrogantes, levianas e deselegantes as declarações dos promotores Eliardo Cabral e Ubiraci Rocha”, definiu o presidente do Sindicato dos Delegados de Polícia Civil de Carreira do Estado do Piauí (Sindepol). Sebastião Alencar acrescentou que se os promotores têm algo a dizer, devem apresentar a Cico e que até o momento não solicitaram ou prestaram informações sobre a investigação.

“A gente investiga figurões e figurinhas de forma livre e independente. Entramos na polícia pelo concursos publicos”, ressaltou o delegado.

Leia nota enviada pelos delegados:

O Sindicato dos Delegados de Polícia Civil de Carreira do Estado do Piauí (Sindepol) , por seus associados, vem a público desagravar o Delegado Paulo Roberto Nogueira que reiteradas ocasiões foi injusta e absurdamente ofendido em sua honra pelos representantes do Ministério Público Estadual Eliardo Cabral e Ubiraci Rocha em matérias veiculadas nos meios de comunicações locais.

O Delegado Paulo Nogueira, presidente do inquérito policial que investiga a morte violenta da Sr.ª Fernanda Lages Veras, tem sido acusado pelos promotores de omitir fatos na apuração de linhas investigativas do caso.

Diante destas acusações, o Sindepol esclarece que são inverídicas e levianas as argumentações dos promotores. A rigor, o procedimento policial a cargo do Delegado Paulo Nogueira obedece todos os dispositivos legais entalhados no Código de Processo Penal, sobretudo no que exige sigilo nas investigações e no respeito à dignidade da pessoa humana, sem enunciar nomes sem a devida comprovação de indícios que apontem para autoria de quaisquer delitos.

“É infundada e malévola a insinuação por parte dos promotores de direcionamento na investigação e proteção a pessoas. A manifestação pública e enfurecida dos promotores, no afã de agradecer a opinião publicada nos meios de comunicação e gerar maniqueísmo entre instituições publicas e, quicá, transmitir à sociedade um pseudo conflito institucional serve a interesses mesquinhos e vaidades pessoais; totalmente alheios aos objetivos da investigação em curso que é baseada na  legalidade, respeito aos direitos humanos e transparência”, disse Sebastião Alencar, presidente do Sindepol.

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