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Delegado defende ações ‘inteligentes’ da polícia

por Editoria Delegados

 

 

 

Numa ação de inteligência, a polícia conseguiu prender a maioria dos integrantes de uma quadrilha, responsável por diversos crimes em Alagoas e Sergipe, inclusive pelo atentado contra o filho do deputado estadual Antonio Albuquerque, Nivaldo Albuquerque Neto. A reportagem da Tribuna Indepedente conseguiu, com exclusividade, uma entrevista com o delegado-geral da Polícia Civil, José Edson Medeiros de Freitas Júnior, onde o policial conta detalhes a operação.

Para José Edson, o serviço de inteligência foi fundamental para a realização das prisões, sem que fosse disparado um único tiro, conseguindo prender todos os envolvidos.

 

As duas facções criminosas compostas de mais de oito integrantes, lideradas pelo assaltante Anderson dos Santos, 27, o “Galego”, foram presas em Arapiraca e Canindé de São Francisco, Sertão de Sergipe, pela Polícia Civil de Alagoas “sem que fosse disparado um só tiro”, afirmação feita com entusiasmo pelo delegado. Ele disse também que os investimentos que estão sendo feitos na capacitação de policiais e delegados começaram a dar retorno.

 

José Edson falou que o trabalho do Serviço de Inteligência representa mais de 50% no nível de acerto nas operações realizadas. “Uma verdadeira devassa é feita em torno da vida da pessoa procurada, por isso conseguimos saber com detalhes as informações sobre o nosso ‘alvo’”, diz.

 

A quadrilha é maior do que a polícia imaginava, por isso, as investigações continuam e outras pessoas podem ser presas a qualquer momento. Achando que não iria levantar suspeitas, a base de apoio dessa quadrilha em Canindé de São Francisco ficava numa casa que divide os fundos com o quartel da Polícia Militar e eles sempre se apresentavam como policiais na hora de abordar suas vítimas.

 

De acordo com o delegado, um dos grandes passos que a polícia poderia dar para combater a criminalidade em Alagoas seria o bloqueio do funcionamento de telefones celulares na área dos presídios. Segundo ele, é dentro dos presídios onde são determinadas as ordens para o cometimento de crimes, como tráfico de drogas, luta pelo controle dos territórios de atuação, homicídios e divisão dos valores resultantes de assaltos.

 

A falta de efetivo diminui e muito a atuação da Polícia Civil. Existem várias investigações paradas por falta de efetivo. Segundo José Edson, o governo do Estado, sensível a esse caso, liberou a realização de concurso para 40 delegados, 120 escrivães e 240 agentes que acontece ainda esse ano.

tribuna hoje

 

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