Início Notícias Delegadas da Paraíba querem levar projeto do botão do pânico para suas cidades

Delegadas da Paraíba querem levar projeto do botão do pânico para suas cidades

por Editoria Delegados
06set13-botao-panico.2

 

 

“Finalmente encontramos a saída para o cumprimento da medida protetiva para mulheres vítimas de violência doméstica. O botão do pânico é a nova esperança para elas, que se sentem mais protegidas e, também, para a Justiça, que passa a contar com um dispositivo eficaz para auxiliar no cumprimento da lei”. A afirmação é da delegada Renata Matias, da Delegacia da Mulher de João Pessoa, Paraíba, que chegou nesta quarta-feira (4) à capital para saber mais sobre o projeto.

 

Segundo a delegada, o objetivo é conhecer o funcionamento do dispositivo e da rede de atendimento à mulher vítima de violência doméstica de Vitória. “Vitória está de parabéns. A capital mostrou para todo o país que o botão do pânico é a saída que ninguém encontrava para garantir a eficácia da medida protetiva. Temos acompanhado tudo de João Pessoa e queremos levar este projeto para lá, uma vez que a capital da Paraíba também apresenta altos índices de mortalidade por violência doméstica”, disse.

 

A delegada Herta de França, da Delegacia da Mulher de Campina Grande, da Paraíba, que também está no Estado, destacou o pioneirismo capixaba. “O botão do pânico tem se mostrado eficaz, à medida que inibe o agressor a se aproximar da vítima. Eles estão vendo que o botão funciona e, por temer serem presos, estão respeitando a lei. Sem dúvida, é uma experiência que deveria ser adotada como política pública nacional”.

 

Desde maio, cerca de 50 mulheres da capital com medida protetiva já receberam o botão. Trata-se de um projeto piloto que até o final do ano deve entregar o dispositivo para 100 vítimas de violência doméstica. O objetivo é contribuir para o enfrentamento dos altos índices de casos de violência doméstica e familiar registrados na capital, que lidera o ranking nacional.

Funcionamento

 

Todas as mulheres que receberam o botão do pânico possuem medida protetiva, passaram por treinamento de utilização do dispositivo e assinaram o Termo de Compromisso quanto ao uso do botão. Com a entrega do aparelho, elas podem acionar o dispositivo toda vez que se sentirem ameaçadas pelo agressor.

 

Para evitar o toque acidental, a mulher deverá segurar o equipamento por três segundos até que o botão possa ser disparado para a Central de Monitoramento, junto à Guarda Municipal, para receber as coordenadas do local onde o dispositivo foi acionado e, prontamente, enviar a Patrulha Maria da Penha para realizar atendimento à vítima.

 

Além de receber a localização exata do dispositivo, enviada pelo GPS, a Central de Monitoramento iniciará a gravação do áudio ambiente, que será armazenado em um banco de dados à disposição da Justiça. Toda a conversa poderá ser utilizada como prova judicial contra o agressor.

 

esagora

 

DELEGADOS.com.br
Revista da Defesa Social & Portal Nacional dos Delegados

você pode gostar