Início » Concurseiros viajam mais de mil quilômetros para tentar vaga na Polícia Civil no Acre

Concurseiros viajam mais de mil quilômetros para tentar vaga na Polícia Civil no Acre

por Editoria Delegados

Cargo mais concorrido é o de agente, com pouco mais de 52 candidatos por vaga

Caravanas de outros estados compareceram às provas para vaga na Polícia Civil do Acre (Foto: Caio Fulgêncio/G1) 

Entre os mais de 13,2 mil inscritos que devem fazer o concurso da Polícia Civil do Acre neste domingo (7) há muitos concurseiros de outros estados. O certame está sendo organizado pelo Instituto Brasileiro de Apoio e Desenvolvimento (Ibade).

Nesta primeira fase, serão realizadas as provas objetiva, discursiva e de títulos, segundo o edital, nas cidades de Brasiléia, Cruzeiro do Sul, Rio Branco, Sena Madureira e Tarauacá.

Assim que abriram os portões em Rio Branco, foi possível perceber que a disputa por uma vaga está acirrada. Uma das faculdades onde a prova está sendo aplicada é a Faculdade Meta, na capital. Há candidatos que fretaram ônibus e enfrentaram até mil quilômetros de distância para fazer a prova.

Da capital amazonense, Luciano Silva, de 32 anos, enfrentou a distância de carro com uma caravana de 15 pessoas. “Estamos nos preparando há dois anos. Uma turma boa de um projeto muito bom lá em Manaus do ‘Sou caveira e vou passar’. A gente está bastante preparado e espero que dê tudo certo. Concurseiro é assim, tem que viajar direto”, diz.

Quem também marcou presença foram os concurseiros de Rondônia. Débora Fagundes tem 34 anos e essa é a segunda vez que vai tentar o concurso da polícia. Na primeira, o teste físico a eliminou. “Já venho estudando há alguns anos, mas, focada para o concurso estou há seis meses”, diz.

Há oito meses, o rondoniense Fernando Ramos, de 31 anos, voltou a focar nos estudos já pensando no concurso da Polícia Civil. “Nós saímos de lá na sexta e chegamos ontem [sábado,7]. É cansativo, mas vale a pena”, revela.

 

Grupo fretou ônibus e saiu de Rondônia para fazer prova em Rio Branco (Foto: Caio Fulgêncio/G1) 

Cidia Maura, de 32 anos, também reuniu os amigos concurseiros para tentar uma vaga no estado acreano. Ela não sabe ao certo quantas pessoas estavam na viagem, mas o grupo teve que fretar um ônibus. “A gente estuda há um tempo, vem acompanhado os conteúdos principais e depois que saiu o edital, aí realmente a gente intensificou e focou no conteúdo da prova”, diz.

Já Marileisa Oliveira, de 30 anos, é de Rio Branco e diz que há muito tempo está se preparando para o concurso. Ela acredita que, por ser de nível superior, a concorrência acaba baixando. “Não fiz pré-concurso. Estudei muito em casa com videoaulas. É um cargo bastante seguro, bem mais que a Polícia Militar”, finaliza.

 

 

O concurso

Ao todo, são 250 vagas, sendo 176 para o cargo de agente de Polícia Civil, 20 para auxiliar de necropsia, 18 paro cargo de delegado e outras 36 vagas para escrivão. Todos os cargos são para o nível superior, sendo que para delegado, o candidato deve ser formado no curso de direito e ter no mínimo três anos de atividade jurídica ou policial.

Segundo o instituto, o cargo mais concorrido é o de agente de Polícia Civil, com 9.202 inscritos, ficando uma média de pouco mais de 52 candidatos por vaga. Para o cargo de auxiliar de necropsia, são 1.042 inscritos. Além disso, 1.872 candidatos se inscreveram para o cargo de delegado e outros 1.163 para escrivão.

A prova objetiva, de caráter eliminatório e classificatório, será realizada no turno da manhã com duração de cinco horas. Os portões estarão abertos às 6h30 e serão fechados às 7h30. Já a prova discursiva, com duração de três horas, será aplicada ainda na tarde de domingo (7). Os portões estarão abertos às 13h50 e serão fechados às 14h50.

Ainda conforme o edital, somente será corrigida a prova discursiva dos candidatos aprovados na prova objetiva dentro do quantitativo de 10 vezes o número de vagas para o cargo.

O concurso será realizado em três fases de caráter eliminatório e/ou classificatório. Na primeira, serão realizadas as provas objetivas, discursivas e de títulos. Na segunda fase, serão realizadas as provas de aptidão física, exame psicotécnico, prova prática de digitação, exame médico e toxicológico e investigação criminal e social. Na última fase será realizado o curso de formação.

 

G1

 

DELEGADOS.com.br
Revista da Defesa Social & Portal Nacional dos Delegados

 

 

 

 

 

você pode gostar