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Advogado, filho de desembargador, é preso por esquema de venda de liminares no Ceará

(CE) A prisão de Fernando Feitosa foi decretada pela 2ª Vara de Execução Penal da Capital, no final de outubro, conforme consta no Banco Nacional de Mandados de Prisão (BNMP)

por Editoria Delegados

O advogado Fernando Carlos Oliveira Feitosa, filho do desembargador aposentado Carlos Rodrigues Feitosa, foi preso nesta terça-feira (5) por determinação da Justiça Estadual. Ele deverá participar de uma audiência de custódia nesta quarta-feira (6), na Vara de Custódia de Fortaleza. Ambos foram condenados por envolvimento em um esquema de corrupção relacionado à venda de liminares, com valores que alcançavam R$ 150 mil, principalmente para a concessão de habeas corpus durante plantões judiciários.

A prisão de Fernando Feitosa foi decretada pela 2ª Vara de Execução Penal da Capital, no final de outubro, conforme consta no Banco Nacional de Mandados de Prisão (BNMP).

Condenações e Detalhes do Esquema

De acordo com informações do Diário do Nordeste, Fernando Feitosa foi condenado pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ) a 19 anos e 4 meses de prisão por corrupção passiva em uma decisão proferida em 8 de abril de 2019. Seu pai, o desembargador Carlos Rodrigues Feitosa, recebeu uma pena de 13 anos e 8 meses na mesma sentença. Fernando era responsável por coordenar a venda dos alvarás de soltura, diretamente com os presos, nos plantões judiciários do Tribunal de Justiça do Ceará (TJCE), com valores que chegavam a R$ 150 mil.

Outros envolvidos também foram sentenciados: os advogados Fábio Rodrigues Coutinho, Everton de Oliveira Barbosa, Sérgio Aragão Quixadá Felício, João Paulo Bezerra Albuquerque e Marcos Paulo de Oliveira Sá receberam penas de 5 anos e 5 meses de prisão. Michel Sampaio Coutinho foi condenado a 6 anos e 2 meses, enquanto o traficante Paulo Diego da Silva Araújo recebeu uma sentença de 4 anos de reclusão. O STJ também decretou a perda de cargo para o desembargador Carlos Feitosa, enquanto o advogado Mauro Júnior Rios foi absolvido.

Investigação da Operação Expresso 150

O esquema de corrupção dentro do TJCE foi desvendado pela Operação Expresso 150, lançada pela Polícia Federal em 2015. A operação revelou a existência de uma rede organizada que negociava habeas corpus em caráter liminar durante plantões, e outros magistrados também estão sob investigação por suposta participação no esquema.

Carlos Feitosa já havia sido sentenciado a três anos, dez meses e 20 dias de prisão em regime semiaberto em outra decisão do STJ.

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