O ex-delegado Ruy Ferraz Fontes, executado a tiros em Praia Grande (SP), havia revelado em entrevista duas semanas antes que vivia sem qualquer estrutura de segurança. Em um podcast da CBN e do jornal O Globo, ele disse que atuava em grandes investigações contra o PCC (Primeiro Comando da Capital) desde 2002 e disse não ter qualquer “proteção”.
“Eu tenho proteção de quê? Eu moro sozinho aqui, eu vivo sozinho na Praia Grande, que é o meio deles. Hoje, eu não tenho estrutura nenhuma, não tenho estrutura nenhuma”, disse o ex-delegado. Fontes se aposentou da Polícia Civil e atuava como secretário de Administração Pública de Praia Grande nos últimos anos.
O Ministério Público de São Paulo (MP-SP) já havia informado que a cúpula do PCC tinha determinado a execução do delegado. O promotor Lincoln Gakiya, também jurado de morte pelo crime organizado, criticou a falta de proteção do Estado após a aposentadoria de Fontes.
“Depois da sua aposentadoria, a partir de 2023, ele passou a não ter nenhuma proteção do Estado. Me parece que uma autoridade que dedicou mais de 40 anos ao combate ao crime organizado deveria ter uma proteção do Estado”, declarou. No momento da execução, ele dirigia um carro sem blindagem.
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