Servidores do RJ devem receber só 7 ou 8 salários em 2017, diz secretário

RJ: Questionado sobre 13º deste ano, ele disse que luta para pagar novembro Os servidores ativos e inativos do Rio de Janeiro devem ter um ano de maior penúria financeira em 2017. De acordo com o secretário de estado da Fazenda, Gustavo Barbosa (imagem acima), na atual situação dos caixas do governo, é “muito pequena” […]

Por Editoria Delegados

RJ: Questionado sobre 13º deste ano, ele disse que luta para pagar novembro

Os servidores ativos e inativos do Rio de Janeiro devem ter um ano de maior penúria financeira em 2017. De acordo com o secretário de estado da Fazenda, Gustavo Barbosa (imagem acima), na atual situação dos caixas do governo, é “muito pequena” a possibilidade de se cumprir o pagamento das 13 folhas salariais do ano.

 

“Se nada for feito [para equilibrar as contas], a possibilidade dos 13 salários serem pagos no ano que vem é muito pequena. Na situação atual, nossas estimativas são de honrar de 7 a 8 folhas”, disse Barbosa em entrevista ao G1.

Ao ser questionado quando o governo irá pagar o 13º salário de 2016, Gustavo Barbosa foi evasivo. “A gente está buscando, ainda, pagar a folha de novembro. Sobre o 13º não tenho como afirmar nada ainda”, disse.

A maior aposta do governo era emplacar o pacote de austeridade para aumentar a receita do estado. No entanto, a principal medida, que previa o aumento de 11% para 30% da contribuição previdenciária, foi probida pela Justiça, rechaçada pela Assembleia Legislativa do Estado e, consequentemente, levou o governador Luiz Fernando Pezão a desistir de lutar para emplacá-la.

Se o pacote apresentado ao Legislativo fosse aprovado na íntegra, a expectativa do governo era de um impacto de R$ 13,3 bilhões no caixa de 2017. Deste montante, cerca de 9% (R$ 1,2 bilhão) seria garantido pela medida previdenciária.

“Seria a maior fonte de recursos [o aumento da alíquota da Previdência estadual]. Eu estou trabalhando feito um louco e a gente está analisando alternativas que possam minimizar a situação, porque suprir não será possível. A Alerj está sendo parceira, estudando também alternativas”, declarou o secretário da Fazenda ao comentar a devolução, por parte do Legislativo, da proposta que altera a contribuição previdenciária.

Dinheiro da repatriação não resolverá

Gustavo Barbosa disse o acordo feito pelo governo federal para repassar aos estados parte da multa arrecadada com a repatriação de recursos no exterior não trará alívio para os caixas do RJ.

“O Rio recebe cerca de R$ 80 milhões dos impostos pagos com a repatriação. Com o direito a parte da multa, vamos receber entre R$ 86 milhões e R$ 88 milhões a mais, o que não fará muita diferença”, disse o secretário.

Empenho de receitas futuras do petróleo

Uma das alternativas estudas pelo governo do estado é fazer nova operação de empenho de receitas futuras dos royalties do petróleo. “Por enquanto a gente está avaliando a viabilidade de fazer essa operação. Mas é uma operação que não sai no curto prazo”, disse Barbosa.

A operação consiste em conseguir com investidores externos o adiantamento do que o estado pode vir a arrecadar com os royalties do petróleo no futuro. Barbosa enfatizou que não se trata de um empréstimo, mas de buscar “suprir as necessidades de caixa com outros ativos que o estado tem”.

De acordo com a Secretaria da Fazenda, desde 2013 foram realizadas quatro operações semelhantes que, juntas, somam cerca de R$ 6,4 bilhões. A quitação integral delas está prevista para 2027. Até lá, a participação especial nos royalties está quase toda comprometida. Só em 2016, quando a arrecadação dos royalties estimada em R$ 3,5 bilhões, devem restar ao estado somente R$ 30 milhões, segundo afirmou Gustavo Barbosa ao G1.

Do total arrecadado, R$ 1,9 bilhão foram destinados ao pagamento das operações passadas, R$ 1,1 bilhão repassado para a União; R$ 33 milhões destinados ao PASEP; R$ 262 milhões para a Fecam [Fundo Estadual de Conservação Ambiental e Desenvolvimento Urbano]; e R$ 240 milhões repassados aos municípios produtores de petróleo. Somente o que sobrar pode ser aplicado ao Rio Previdência, foco do principal rombo nas contas do estado.

Estado não vai rever política de incentivos fiscais

A queda da arrecadação tributária é apontada pelo governo do Rio de Janeiro como um dos principais fatores que contribuíram para a grave crise financeira enfrentada pelo estado. No entanto, o Executivo não pretende rever a política de isenções fiscais, visando aumentar a arrecadação.

“Eu acho que não tem que se rever a política de incentivos fiscais. Seria um tiro no pé para o Rio de Janeiro, porque ele seria engolido pelos outros estados. Há uma guerra fiscal entre os estados e o Rio sairia perdendo”, afirmou Gustavo Barbosa.

O secretário ressaltou que “incentivo não é isenção” e reiterou que “o estado não vai alterar sua política de incentivos fiscais se os outros estados também não o fizerem”.

Barbosa enfatizou que os incentivos fiscais concedidos pelo governo não contribuíram para o rombo nos cofres públicos – o déficit do estado em 2016 é estimado em R$ 17,5 bilhões -, tendo contribuído para a geração de empregos no estado nos últimos anos.

Segundo dados apresentados pelo Tribunal de Contas do Estado (TCE), em cinco anos (de 2008 a 2013), o RJ deixou de arrecadar R$ 138 bilhões em impostos das empresas. O governador Luiz Fernando Pezão contestou o órgão, afirmando que o valor correto seria de R$ 33 bilhões.

A polêmica em torno das isenções fiscais concedidas pelo governo do Rio de Janeiro fez com que a Alerj determinasse a abertura de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para investigá-las. Ela tem previsão de ser instaurada em fevereiro do ano que vem.

Enquanto isso, o Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro determinou, no dia 25 de novembro, que a Secretaria da Fazenda concedesse acesso imediato às informações sobre as isenções fiscais concedidas até então. Até esta terça-feira (29), já passados quatro dias da determinação judicial, a “caixa preta” ainda não havia sido aberta.

 

G1

 

DELEGADOS.com.br
Revista da Defesa Social & Portal Nacional dos Delegados

 

 

 

 

 

Veja mais

Conduta policial quando o juiz e a lei soltam criminosos, ‘devolvendo-os’ à sociedade

Não há segurança pública eficaz quando o sistema penal protege mais a abstração jurídica do que a vida das pessoas

Ex-delegado-geral morto: cinco suspeitos pela morte de Ruy Ferraz são soltos

Eles tiveram a prisão preventiva negada pela Justiça e responderão em liberdade, com uso de tornozeleira eletrônica

Polícia Civil do Piauí prende tenente suspeito de homicídio e de ficar com seguro de R$ 1,5 mi

(PI) Delegado Tales Gomes coordenou operação de cumprimento de mandado de prisão

Cleopas Isaías é aprovado, pela 6ª vez, na Lista dos Melhores Delegados de Polícia do Brasil! Censo 2025

A escolha dos melhores delegados consolida, para sempre, os nomes e as histórias dos delegados e das delegadas. Promove valorização do cargo, reconhecimento na carreira, identificação de competência, visibilidade dos

Censo 2025 dos Melhores Cursos Preparatórios para Carreiras Policiais no Brasil

Ampliar o reconhecimento das instituições que demonstram excelência na formação de candidatos e que colaboram diretamente com a qualificação dos futuros profissionais da segurança pública no Brasil.

Alisson Macedo entra na Lista dos Melhores Delegados de Polícia do Brasil! Censo 2025

A escolha dos melhores delegados consolida, para sempre, os nomes e as histórias dos delegados e das delegadas. Promove valorização do cargo, reconhecimento na carreira, identificação de competência, visibilidade dos

Delegado-Geral André Rabelo apresenta os avanços da Polícia Civil da Paraíba

(PB) Entrevista do chefe da Polícia Civil reforça o posicionamento técnico do governo paraibano, que, segundo dados oficiais, mantém índices de segurança entre os melhores do Nordeste nos últimos anos
Veja mais

Encontro Nacional dos Delegados de Polícia | 2025

Adepol do Brasil, Associações e Sindicatos de Delegados de Polícia de todo o país promovem o encontro entre os dias 11 e 13 de dezembro em Aracaju

Rodolfo Laterza segue, pela 4ª vez seguida, na Lista dos Melhores Delegados de Polícia do Brasil! Censo 2025

POST-MELHORES-DELEGADOS-2025- RODOLFO LATERZA
A escolha dos melhores delegados consolida, para sempre, os nomes e as histórias dos delegados e das delegadas. Promove valorização do cargo, reconhecimento na carreira, identificação de competência, visibilidade dos

Márcio Dominici é reconduzido à presidência da Adepol Maranhão para o período de 2026 a 2028

(MA) A contagem dos votos foi acompanhada presencialmente por ambos os candidatos e teve transmissão simultânea através do perfil oficial da associação no Instagram, ampliando a transparência do processo.

Piauí é o estado mais seguro do Nordeste segundo ranking nacional de Segurança Pessoal

Francisco Lucas (secretário de segurança pública do Piauí) e Rafael Fonteles (governador do Piauí)
(PI) Estado registrou 20,4 homicídios por 100 mil habitantes, índice que a coloca na décima primeira posição nacional.

Felipe Monteiro é o novo Delegado-Geral da Polícia Civil de Pernambuco

08NOV25-PE-NOVO-DG
(PE) Delegado Renato Márcio Rocha Leite deixou o cargo de delegado-geral da Polícia Civil do Estado, após apresentar pedido de exoneração

Investigação de crimes contra a honra via TCO ou Inquérito Policial

08NOV25-TCO-IPL-REDESSOCIAIS
Análise Jurídico-Policial, Coleta de Provas , Arquivos, Documentos e Modelos de Peças referentes a tais casos.

Concurso público com 750 vagas para Polícia Civil da Bahia

09NOV25-BA CONCURSO POLICIA CIVIL
(BA) Além das vagas para delegado, o certame contemplará 750 oportunidades no total, distribuídas entre 500 vagas para investigador, 150 para escrivão e 100 para delegado, com o objetivo de
Veja mais

Não é possível copiar este conteúdo.