Publicitário tira foto de ladrão após filmar furto ao próprio carro

Secretaria de Segurança Pública recomenda nunca reagir a crimes Um publicitário de 27 anos viveu uma experiência arriscada ao testemunhar, pela janela do trabalho, o furto de uma roda e do estepe do próprio carro na área central de Brasília: ele desceu para questionar os cinco ladrões e, após a tentativa de fuga, […]

Por Editoria Delegados

Secretaria de Segurança Pública recomenda nunca reagir a crimes

 

 

Um publicitário de 27 anos viveu uma experiência arriscada ao testemunhar, pela janela do trabalho, o furto de uma roda e do estepe do próprio carro na área central de Brasília: ele desceu para questionar os cinco ladrões e, após a tentativa de fuga, tirou foto de um amigo agarrando um dos suspeitos antes da chegada da polícia. A movimentação foi filmada por colegas, que acompanharam a ação. O crime aconteceu no início da tarde desta segunda-feira (14), na quadra 5 do Setor Comercial Norte. Apesar do ocorrido, a Secretaria de Segurança Pública recomenda que as pessoas nunca reajam a situações do tipo.

 

Olhei bem para ele e perguntei o que era aquilo. Ele negou, disse que não sabia de nada e começou a correr. Os cinco caras correram. Corri também e, quando olhei para trás, meus colegas também estavam correndo. Identifiquei um deles como sendo um rapaz que sempre se oferece para lavar o meu carro.

 

O flagrante aconteceu por acaso. O homem, que não quis se identificar, almoçava em frente à janela, como faz todos os dias, quando viu uma movimentação estranha perto do automóvel. “Sempre olho para identificar meu carro no estacionamento e vi outro atrás, com uma pessoa dentro, e outras quatro em torno do meu. Só que elas não estavam saindo, estavam mexendo nas rodas.”

 

Sem pensar muito, o publicitário decidiu pegar a chave do veículo e descer para abordar o grupo. Ele diz que encontrou um deles no chão, se preparando para tirar uma das rodas. Neste momento, os ladrões já tinham retirado um dos itens e o estepe. A vítima decidiu então confrontá-los.

 

“Olhei bem para ele e perguntei o que era aquilo. Ele negou, disse que não sabia de nada e começou a correr. Os cinco caras correram. Corri também e, quando olhei para trás, meus colegas também estavam correndo”, lembra. “Identifiquei um deles como sendo um rapaz que sempre se oferece para lavar o meu carro.”
De acordo com a vítima, quatro suspeitos fugiram. O quinto foi rendido pelo grupo, que decidiu segurá-lo até a chegada da polícia. O publicitário afirma que os militares levaram 40 minutos para ir ao local. A corporação não comentou a demora, mas disse ao G1 que faz patrulhamento constante na região e que planeja ampliar as ações de segurança.

 

Já os agentes da Polícia Civil, segundo o homem, prestaram atendimento em poucos instantes. O detido foi levado para a 5ª Delegacia de Polícia. De acordo com o titular da unidade, Marco Antonio de Almeida, ele é vigia de carros, tem 34 anos, mora em Santo Antônio do Descoberto, no Entorno do DF, e não possui antecedentes criminais. O suspeito foi liberado da cadeia pela Justiça no dia seguinte.

 

“O número de prisões em flagrante de pessoas que praticam esse crime é bastante elevado”, disse o delegado. “Como teve arrombamento do veículo, porque houve furto no interior, e mais de uma pessoa concorreu para o crime, ele foi autuado por furto qualificado. A pena é de dois a oito anos de prisão.”

 

Parando no local há três meses, desde que o estacionamento privativo da empresa foi fechado, o publicitário conta que ficou com medo da reação dos ladrões. Segundo ele, flanelinhas disseram a colegas que “são os donos da região”.

 

“Eles disseram: ‘vem, herói, vem agora’. Ou seja, furtam itens do meu carro e ainda me intimidam. Estou deixando agora o mais longe possível, para não ter que trabalhar com eles. Venho trabalhar e sinto medo.”

 

O homem afirmou que os relatos de crimes semelhantes na área são frequentes. Ele já teve o vidro de outro automóvel quebrado, também em um estacionamento no início da Asa Norte. Apesar de ter confrontado os ladrões, o publicitário diz que não recomenda a atitude a ninguém.

 

“Na hora eu nem pensei no que poderia acontecer, foi uma reação explosiva. Depois, fiquei imaginando todas as possibilidades. Agi por instinto”, declarou. “A sensação é de insegurança total, medo e vergonha. De abandono.”

 

O delegado Marco Antonio de Almeida afirmou que de fato o crime é recorrente nas quadras comerciais do Plano Piloto e na Universidade de Brasília. Ele recomendou que a população evite estacionar em locais mal iluminados, prefira vagas em locais pagos e não deixe objetos que chamem atenção dentro do automóvel.
“Aqui na área central, o mais comum é haver furto no interior de veículos, praticado por moradores de rua. Muitos quebram as janelas dos carros para subtrair objeto de valor e trocar por drogas”, afirmou.

Dados da Secretaria de Segurança Pública apontam redução nos índices de criminalidade da Asa Norte. De acordo com a pasta, houve 49 roubos de veículos entre janeiro e junho de 2013 na região, contra 41 neste ano – queda de 16,3%. Foram, ainda, 204 furtos no mesmo período do ano passado, contra 166 em 2014 – redução de 18,6%.

 

G1

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