Lewandowski diz que não terá ‘nenhum protagonismo’ no processo

Ministro analisará questionamentos da comissão que analisa acusações O presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Ricardo Lewandowski, afirmou que não terá “nenhum protagonismo” no comando do processo de impeachment de Dilma Rousseff, função que assume a partir desta quinta-feira (12)

Por Editoria Delegados

Ministro analisará questionamentos da comissão que analisa acusações

O presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Ricardo Lewandowski, afirmou que não terá “nenhum protagonismo” no comando do processo de impeachment de Dilma Rousseff, função que assume a partir desta quinta-feira (12) após o afastamento da presidente.

“O presidente não tem nenhum protagonismo, ele é simplesmente o coordenador do processo, o presidente dos trabalhos. A função dele é garantir que a denúncia possa realmente se explicitar da forma mais clara possível e que a defesa possa exercer o contraditório, enfim, garantir então que haja essa possiblidade que a Constituição garante”, afirmou.

Em conversa com jornalistas, antes da sessão no STF, o ministro explicou que vai analisar recursos e questionamentos feitos perante a comissão especial do Senado que analisa as acusações contra Dilma. Será como uma “segunda instância”, acima do presidente do colegiado, senador Raimundo Lira (PMDB-PB).

 

“Eu fico aqui [STF] e estarei no Senado quando necessário. Basicamente, despacharei daqui”, detalhou. Ainda nesta quinta, ele deverá tomar posse na função e contará com um escrivão da comissão especial, além de sua equipe regular no STF.

Coleta de provas

A primeira tarefa será a citação de Dilma para apresentar uma nova defesa na fase que se inicia agora, de instrução, com coleta de provas e depoimento de testemunhas. O objetivo é embasar a decisão de pronúncia, quando os senadores se reunirão novamente em plenário para deliberar, por maioria simples, se a denúncia é ou não procedente, que permite ou não seu julgamento final.

Questionado se, nesta nova fase, a denúncia poderá ser ampliada, para incluir, por exemplo, fatos relacionados à Operação Lava Jato, Lewandowski indicou que não. “O que está na denúncia é o que foi aprovado agora nessa primeira fase. Deverá, penso eu, repetir-se na segunda fase, que é a fase do libelo”, disse.

O ministro disse que se sente preparado para o trabalho e que já planejou o que terá de fazer. Já planejei o que tenho que fazer. “O magistrado tem que estar sempre preparado para julgar ou para presidir sessões de julgamento”.
Lewandowski disse que não acompanhou a votação no Senado, iniciada nesta quarta, que aprovou a instauração do processo. Indagado sobre o que achou do resultado, disse que não lhe cabe “avaliar”.

Sobre a dupla função que assume a partir de agora, disse que não vê possibilidade de comprometer os trabalhos e a pauta do STF. “Se houver alguma coincidência de horários, aí a ministra Cármen Lúcia [vice-presidente do STF] assumirá”, finalizou.

 

G1

 

DELEGADOS.com.br
Revista da Defesa Social & Portal Nacional dos Delegados

 

 

 

 

Veja mais

Delegados da PF reagem a discurso do deputado Coronel Meira contra delegada

Parlamentar proferiu insinuações misóginas, ofensivas e infundadas contra a Delegada de Polícia Federal Carla Patrícia

Delegados da PF reagem a ameaças de deputado licenciado e prometem responsabilização

Federação dos Delegados de Polícia Federal - Fenadepol - repudia declarações de deputado licenciado

Delegada não pode ser investigada por desclassificar tráfico de drogas para porte, decide juíza

Judiciário afirma que a decisão da autoridade policial foi devidamente justificada, respaldada por fundamentos legais, e não evidenciou qualquer desvio funcional

Homem é morto após ser flagrado com esposa de amigo e debochar da traição

(MT) Polícia Civil apurou que a médica foi ao hospital onde a vítima estava internada e apagou evidências. Ivan Bonotto foi esfaqueado e morreu

Governador do PI anuncia nomeação de 660 policiais militares e concurso para as polícias

(PI) Rafael Fonteles também confirmou um novo concurso para ingresso na corporação, em 2026, com previsão de mil vagas

Piauí anuncia instalação de 1.200 câmeras inteligentes para segurança pública

SPIA: Novo sistema de videomonitoramento com inteligência artificial será lançado por Rafael Fonteles em 16 de agosto O secretário de Segurança Pública do Piauí, Chico Lucas, anunciou, nesta terça-feira (15),

Delegado é assassinado, mas na audiência de custódia a preocupação é se o assassino foi agredido

O delegado Márcio Mendes, da Polícia Civil do Maranhão, foi assassinado no dia 10 de julho de 2025 durante o cumprimento de um mandado de prisão. Dois policiais civis baleados.

Veja mais

ADEPOL-MA: CARTA ABERTA À SOCIEDADE MARANHENSE E AO GOVERNO DO ESTADO Diante do brutal assassinato do delegado Márcio Mendes, ocorrido durante o exercício de suas funções na zona rural de

11JUL25-MA-MARCIO

Caxias (MA), 11 de julho de 2025 – Uma operação policial na manhã desta quinta-feira (10), na zona rural de Caxias, terminou de forma trágica com a morte do delegado

09JUL25-RAQUEL-2

No Brasil, há uma realidade que raramente ganha espaço no debate público. Mais policiais morrem por suicídio do que em confrontos armados, seja durante o serviço ou nos dias de

Brasília (DF) – O Ministério da Justiça e Segurança Pública (MJSP) publicou, no Diário Oficial da União desta segunda-feira (30), a Portaria nº 961, datada de 24 de junho de

Pix, gatonet e facções criminosas estão entre os principais alvos do megapacote de combate à criminalidade que será apresentado por secretários estaduais de segurança pública nesta semana, durante a I

POST-MELHORES-DELEGADOS-2025-RUCHESTER-MARREIROS

Ruchester Marreiros Barbosa foi aluno do doutorado em Direitos Humanos da Universidad Nacional Lomas de Zamora, Argentina, foi aluno do mestrado em Criminologia e Processo Penal da Universidade Cândido Mendes,

Thiago Frederico de Souza Costa é Delegado da Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF), de Classe Especial. É graduado em Direito e pós-graduado em Altos Estudos em Defesa, pela Escola

Veja mais