Aplicativo vira caso de polícia e delegado pede suspensão de ‘Secret’

Segredos divulgados de forma anônima entre amigos e desconhecidos Como já era de se imaginar, uma postagem no aplicativo Secret virou caso de Polícia em Campo Grande. No dia 11 deste mês, uma adolescente de 16 anos, acompanhada da mãe,

Por Editoria Delegados

Segredos divulgados de forma anônima entre amigos e desconhecidos

Como já era de se imaginar, uma postagem no aplicativo Secret virou caso de Polícia em Campo Grande. No dia 11 deste mês, uma adolescente de 16 anos, acompanhada da mãe, procurou a 1ª Delegacia depois de ter fotos em poses sensuais publicadas na rede social.

 

O Secret é um aplicativo que permite compartilhar, e também conferir, segredos de forma anônima entre amigos e desconhecidos que tenham o programa instalado no aparelho celular.

 

O delegado Wellington de Oliveira, responsável pela investigação, instaurou inquérito para investigar o caso e ingressou com uma ação na justiça para que o aplicativo não seja mais comercializado no País. Após receber a denúncia, o delegado entrou em contato por e-mail com o responsáveis pelo aplicativo nos Estados Unidos e conseguiu que as fotos da adolescente fosse retirada da rede social.

 

Conforme Oliveira, como o aplicativo não identifica quem faz a postagem, ainda não foi possível chegar a quem inseriu a foto da adolescente no Secret. Porém, o ex-namorado dela, um rapaz de 19 anos, vai responder criminalmente por ter espalhado as fotos da adolescente. “Quando ainda namoravam, ela enviou fotos sensuais ao namorado, que como vingança, após o termino do relacionamento, espalhou as fotos para várias pessoas”, explicou o delegado.

 

No celular do rapaz não foi encontrado o aplicativo Secret, mas segundo Oliveira, um cartão de memoria apreendido com ele havia registro de envio das fotos da ex-namorada para 25 contatos. Como não houve flagrante, o ex-namorado foi ouvido e liberado.

 

Segundo o delegado, o rapaz vai responder pelo artigo 154 A da lei Carolina Dieckmann (12.737/12), que considera crime a invasão de dispositivos eletrônicos como celulares, notebooks, desktops, tablets ou caixas eletrônicos para obter ou adulterar dados e obter vantagens ilícitas. As penas podem variar de três meses de prisão a dois anos de prisão mais multa.

 

Wellington Oliveira condena veementemente o aplicativo. “Esse programa detona a perturbação da ordem pública. Ele serve para caluniar as pessoas. É uma rede social de fofoca. A gente precisa de algo que instrua, e não uma rede de fofoca, de sacanagem”, afirmou o delegado.

 

Ele alerta que quem faz postagem no aplicativo citando uma pessoa comete vários crimes, entre eles: violação da imagem, exposição da intimidade, cyberbullying, crimes contra a honra. “ Dependo do crime a pena pode chegar a 6 anos de prisão”.

 

O delegado explica que o aplicativo não garante total anonimato. “Quem acessa a internet sempre deixa rastro. Para ter acesso ao aplicativo o usuário tem que cadastrar um e-mail, pelo menos. Alguma informação pessoal ele teve que informar. O juiz vao solicitar aos responsáveis a identificação de quem fez a postagem, e eles terão que informar. Não vai ficar anônimo”, alertou Wellington.

 

Fatima News

 

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