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Sobre a integração das forças policiais e repressão à criminalidade

por Editoria Delegados

MT: Por Alana Cardoso

Esta semana a Segurança Pública de Mato Grosso celebrará um momento histórico e de imensa importância para a repressão qualificada da criminalidade, a integração entre as forças policiais Polícia Militar e Polícia Judiciária Civil e o Ministério Público no GAECO – Grupo de Atuação Especial contra o Crime Organizado.

 

Foram mais de 10 anos de embates jurídicos que cederam ao apelo da sociedade pelo combate sistematizado ao crime organizado em suas mais diversas formas.

 

De fato, ao cidadão comum não importa quem faz, mas sim que seja feito e este compromisso com o resultado superou as discussões doutrinárias e vaidades de Instituições para agregar profissionais altamente qualificados num único espaço, integrado, com unidade de desígnios e foco no resultado.

 

A sociedade agradece e a segurança pública se engrandece.

 

Na mesma linha, as ações engendradas pela Secretaria de Segurança Pública para os primeiros 100 dias de gestão alicerçam-se na integração entre as Instituições Policiais que deverão atuar coordenadas, cada uma na sua área em respeito mútuo.

 

Há tempos que se fala de integração entre forças policiais, mas na prática o assunto é espinhoso e fomenta o debate desgastado nos quartéis e delegacias de polícia.

 

Interessante é que nas cidades do interior, onde os efetivos são ínfimos, Militares e Policiais Civis costumam se integrar naturalmente, sublimando o discurso da usurpação de funções que ambas propagam no que concerne à investigação policial e à ronda ostensiva, atribuições características de uma e outra.

 

De igual modo, na lida cotidiana das cidades grandes, guarnições e companhias militares costumam atuar em parcerias com equipes de investigação, não raro sem qualquer intervenção ou ordem superior nesse sentido. Basta conferir os grupos de mídias sociais onde as desgraças da sociedade em tempo real, com anexo fotográfico e etc., mas que servem de fonte de informação e difusão de eventos que demandam respostas imediatas e com esses canais de informação compartilhada elas vêm.

 

Desses exemplos se pode extrair que a integração já existe precariamente no nível operacional, restando aos táticos e estrategistas o afastamento das vaidades doutrinárias para seguirem o exemplo das tropas que lhes são subordinadas (refiro-me com termos militares a ambas as forças porque regidas igualmente por hierarquia e disciplina), afinal, somos todos policiais e o povo, como dito anteriormente, a quem devemos servir de segurança pública, não distingue e nem se importa,quer apenas que se faça, então…. façamos juntos.

 


Sobre a autora

Alana Cardoso é delegada de polícia e diretora de Inteligência da Polícia Judiciária Civil de Mato Grosso.

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