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“Reagir quase sempre gera uma tragédia”, diz delegado

por Editoria Delegados

RS: Sobre morte de taxista durante assalto

A Delegacia de Furtos, Roubos, Entorpecentes e Capturas (Defrec) trabalha para esclarecer as circunstâncias que resultaram na morte do taxista Alexandre Alves da Silva, 62 anos, durante uma tentativa de assalto na noite desta quinta, no bairro Cruzeiro. Até agora, não ficou esclarecido se a porta do estabelecimento comercial onde o homem foi morto foi forçada pelos criminosos ou se já estava aberta e eles entraram.

 

— As informações que temos são bem sucintas. Estamos refazendo o local e a vizinhança, ouvindo as testemunhas — diz o delegado Mário Mombach.

 

De acordo com as primeiras informações, o bar onde ocorreu o crime, na Rua Tucano, estaria com a porta fechada e foi aberta pelo taxista. Ele jantava no lugar e pelo menos mais duas pessoas estavam no estabelecimento, entre elas o dono. Um dos criminosos entrou no local. Silva teria reagido e um outro criminoso teria atirado contra ele. Atingido no tórax, Alexandre morreu no local.

 

Os bandidos teriam fugido em dois carros e a polícia, pelas características dos veículos, tenta descobrir se seriam furtados ou roubados. Segundo as testemunhas, pelo menos três indivíduos participaram da ação, mas a Defrec investiga a possível participação de um quarto elemento. No local, foi encontrado um projétil e um estojo, provavelmente de calibre 380. Por enquanto, não há suspeitos.

 

Este é o segundo latrocínio do ano. O primeiro, ocorrido no bairro Esplanada no dia 27 de janeiro, resultou na morte de Henrique dos Santos Muniz. Ali, os tiros também foram provocados por uma reação: dois homens armados entraram no estabelecimento, na Avenida Doutor Assis Antônio Mariani, e anunciaram o assalto. Ao perceber o crime, um policial militar que estava no local teria sacado a arma e os bandidos reagiram. Não se sabe de qual arma partiu o projétil que atingiu Muniz.

 

— Via de regra, a orientação é não reagir. Mesmo quando se tem treinamento, reagir a um assalto sempre é arriscado e quase sempre gera uma tragédia — afirma Mombach.

 

Agência RBS

 

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