O agente civil José Wilson Barboza de Magalhães Júnior que acusou, em outubro do ano passado, um complô arquitetado por integrantes da Polícia Civil para assassiná-lo, foi até a Tribuna Independente denunciar falhas na segurança particular que recebe do Estado. A segurança aprovada pelo Conselho de Segurança de Alagoas (Conseg) deveria permanecer com o agente 24 horas por dia. Mas segundo ele, a medida só permanece até as 19 horas de cada dia.
Wilson denunciou práticas de tortura dentro da Casa de Custódia I, em Maceió, no ano de 2011. Após as denúncias, ele teria descoberto um plano para assassiná-lo. Temendo a própria morte e dada à seriedade das denúncias, Wilson entrou para o Programa de Proteção a Testemunhas, onde ficou garantido uma segurança particular que o acompanhasse 24 horas por dia. “Essa segurança durou 17 dias para ser confimada. Nesse tempo minha casa foi arrombada e eu e minha família sofremos diversos atentados”, pontua.
Wilson permanece no Programa desde outubro do ano passado. A medida veta, inclusive, que ele tenha contato com a imprensa ou se exponha em fotos. “Mas eu estou cansado disso. A própria segurança que me fornecem é falha”, justifica.
Ele afirma ainda que só não foi assassinado porque tem vários contatos com outros policiais civis e militares, e que isso garante uma segurança a mais, já que esses não seriam “corrompidos”. “Para me matar eles têm que forjar um acidente, algo do tipo para que tudo fique bem explicado. Eu não confio na minha própria segurança”, justifica o agente, que contou que os militares chegaram a fazer a sua proteção pessoal sem armamento e sem colete.
tribuna hoje
DELEGADOS.com.br
Revista da Defesa Social & Portal Nacional dos Delegados