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Policiais militares também deveriam passar por testes antidoping

por Editoria Delegados

Possibilidade de exames de dopping aleatórios

Enquanto no Brasil discutimos a motivação que levou um policial militar a alvejar uma criança de 10 anos, nos Estados Unidos, o debate sobre a violência policial especialmente desferida contra a população negra ganha novos contornos. É o que mostra a série do jornalista e ativista dos direitos humanos negro Shaun King, no jornal New York Daily News, em combate à violência policial no país.

 

Na reportagem publicada ontem (27), de uma série de outras 25, King chamou atenção ao fato de que os policiais americanos são agentes do maior índice de violência doméstica entre todas as outras profissões no país. Segundo estudo do National Center for Women and Policing, 40% dos lares em que vivem policiais sofreram com esse tipo de violência. Além disso, outro estudo reportou que ao menos 25% dos policiais têm problemas de alcoolismo nos Estados Unidos.

 

As estatísticas ganham vida também no Brasil. Em 2013, um estudo divulgado e desenvolvido pela Fiocruz mostrou que aproximadamente 50% de todo o efetivo das polícias civil e militar do Rio de Janeiro faz uso de álcool mais de uma vez por semana, sendo que metade (25%) associa o uso do álcool ao tabaco, tranquilizantes ou drogas ilícitas, tal como maconha ou cocaína.

 

O debate tem pautado a possibilidade de exames de dopping aleatórios, assim como ocorre no caso de atletas internacionais que vão competir em Jogos Olímpicos. Os exames se destinariam a investigar se o policial está atuando sob efeitos de entorpecentes tranquilizantes, como também estimulantes.

 

Em sua rede social, o Professor da Fundação Getúlio Vargas, Rafael Mafei, comentou o assunto: “Maradona e Michael Phelps passaram o diabo em suas carreiras por terem sido flagrados usando drogas. Nenhum dos dois andava armado, nem tinha poder de deter pessoas usando a força”.

 

“A proposta é polêmica, inclusive por razões orçamentárias, mas vejam o nível em que está a discussão em uma sociedade que não finge cegueira diante de seus óbvios problemas de violência policial” – completou.

 

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