RIO DE JANEIRO
Para chefe da polícia, agentes presos são piores que bandido
RIO DE JANEIRO
{loadposition adsensenoticia}O chefe de Polícia Civil do Rio de Janeiro, delegado Allan Turnowski, disse nesta segunda-feira que é revoltante saber da participação de agentes da instituição em uma quadrilha que clonava cartões de débito e crédito. Dos seis presos nesta segunda-feira, três são policiais civis.
“Tenho que externar esse sentimento de revolta de todos os policiais. Eles são piores do que qualquer bandido. Nas gravações (escutas telefônicas autorizadas), eles chegam a dar boa sorte à quadrilha. Um deles chamava a mulher de um marginal de patroa”, disse. A polícia investiga ainda se os agentes também passavam informações privilegiadas de operações a traficantes.
Turnowski citou operações das quais os bandidos foram avisados e puderam aumentar o arsenal do tráfico. Em uma delas, no Conjunto do Alemão, na zona norte, três policiais morreram e mais 12 ficaram feridos. De acordo com a Corregedoria de Polícia Civil, que comandou a investigação, na época os criminosos teriam aumentado o número de armamentos para enfrentar a polícia.
Alta tecnologia na clonagem de cartões Segundo a polícia, a quadrilha atuava com sofisticação na clonagem de cartões e movimentava cerca de R$ 100 mil por dia. O grupo usava alta tecnologia para copiar dados de cartões clonados e transmitir informações pela internet.
A quadrilha, conforme a investigação, passava os dados dos clientes automaticamente via bluetooth – tecnologia usada para transferir arquivos -, que estava acoplado a um chupa-cabra – aparelho usado em caixas eletrônicos por golpistas, para copiar informações. Além disso, o grupo contava com uma microcâmera presa nos caixas eletrônicos. Assim, um integrante da quadrilha se posicionava com um laptop, atrás das vítimas que usavam os equipamentos, e assim as senhas dos clientes, filmadas, eram passadas diretamente para o computador.
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