Início » Mulher que caiu de prédio gritou ‘ele vai me matar’, diz delegada

Mulher que caiu de prédio gritou ‘ele vai me matar’, diz delegada

por Editoria Delegados
02jan13-mulher-cai-predio.2

 

 

A Polícia Civil de Vitória está apurando as circunstâncias da queda sofrida por Juliana Cypreste, 32 anos, ocorrida na noite desta terça-feira (1º), em Vitória. O noivo dela, Marcel Castiglione Tristão Guerra, foi preso por suspeita de ter jogado a vítima da janela do 2º andar do prédio onde ela mora, no Jardim da Penha. Duas testemunhas teriam declarado à polícia terem ouvido ela gritar: “socorro, ele vai me matar”. Em depoimento à polícia, ele negou o crime.

 

Juliana foi socorrida por uma equipe do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) e levada paa o Hospital São Lucas, de onde foi transferida para um hospital particular na manhã desta quarta-feira (2). O estado de saúde dela não foi divulgado pela Secretaria Estadual de Saúde, que é responsável pelo Samu e pelo Hospital São Lucas. O hospital para onde ela foi transferida não foi divulgado.

 

Segundo a delegada Cláudia Dematté, titular da Delegacia Especializada em Atendimento à Mulher (Deam), onde o caso foi registrado, Tristão permanecerá preso no Centro de Triagem de Viana (ES) durante a conclusão do inquérito. “Ele ainda não tem advogado constituído e não foi representado por ninguém durante o flagrante”, disse a delegada.

 

Uma testemunha do caso, ouvida pela reportagem da TV Gazeta do Espírito Santo, relatou que não conseguiu ver o momento exato da queda de Juliana. Outro, também ouvido pela reportagem, disse que viu uma “mulher pendurada, nua; um cara segurando ela pela mão; ela gritando por socorro e ele soltou ela”.

 

A delegada plantonista Rhaiana Bremenkamp, que registrou o caso, ouviu o depoimento de duas testemunhas e do suspeito do crime. “Segundo análise feita por ela, as informações foram suficientes para fazer a prisão em flagrante dele (Tristão). O inquérito vai seguir, vamos ouvir mais testemunhas, os familiares e, principalmente, a própria vítima, que está internada e não teve condições de prestar depoimento”, informou a delegada Cláudia.

 

Ainda segundo Cláudia, Tristão teria dito em depoimento que ele e Juliana haviam discutido e que a vítima teria tentado se jogar e que ele teria tentado segurar a companheira, sem êxito. “A forma como ocorreu a queda, a mecânica da queda, será apurada pela perícia no curso do inquérito. Recebemos hoje (terça-feira [2]) o inquérito e ainda temos muitas informações para apurar, mas o depoimento das testemunhas ouvidas até agora desmontam a versão apresentada por ele (Tristão).”

 

Uma das testemunhas ouvidas pela delegada Rhaiana teria declarado que Tristão teria tentado chutar Juliana quando ainda estava caída no estacionamento do prédio, mas que teria sido contido por um morador.

 

A assessoria de imprensa da Polícia Militar não informou se houve tentativa de linchamento do suspeito e nem a forma como a vítima estava vestida, se estava nua ou seminua no momento da queda. A Secretaria de Estadual de Saúde também não esclareceu a informação no momento em que a equipe do Samu chegou para prestar os primeiros socorros a vítima.

 

G1

 

DELEGADOS.com.br
Revista da Defesa Social & Portal Nacional dos Delegados

você pode gostar