Ela é morena, cabelos longos e ondulados, o corpo coberto por tatuagens, sendo que uma delas chama atenção: na virilha, a moça, de 23 anos, gravou a sigla UPP. Conhecida como Patty, Patrícia Alves costuma percorrer os containers em áreas pacificadas do Rio para manter relações sexuais com policiais. Ela se deixa filmar e fotografar em ação. Seus vídeos se espalharam por meio do WhatsApp, e os policiais já se referem a ela como Pattyficação, a musa das UPPs.
Com voz tímida, ela afirma que tem atração por militares desde os 15 anos e que já percorreu batalhões para encontrá-los. Há cinco anos, ela só frequenta as unidades da PM nas favelas:
— Não ganho para isso (manter relações sexuais) com eles. Faço porque gosto, por prazer. Sou fanática por policial.
Nas imagens que circulam pelos bate-papos virtuais, a jovem é vista na companhia de vários homens, em viaturas e até dentro das bases. Em uma das fotos, ela está com uma farda preta, segurando um fuzil.
A mulher tem ‘UPP’ tatuado e diz ser fanática por policial
De acordo com PMs, eles ligam para o celular dela agendando os encontros para as madrugadas. Nenhum, entretanto, assume que tenha usado os serviços prestados por Patty.
— Já ouvi falar muito dela, todo mundo a conhece — afirma um soldado da UPP da Nova Brasília.
Patty conta que veio de Pernambuco para o Rio na adolescência e, hoje, vive com a irmã e o cunhado. Ela não trabalha e quase não sai de casa. No fim do dia, porém, chama um táxi e escolhe a UPP que vai visitar. E garante que usa camisinha em todas as relações, que acontecem tanto com praças como com oficiais:
— Eu quero ficar famosa. Na polícia, eu já sou, né? Amo muito os PMs. Fiz a tatuagem (da UPP) em homenagem a eles.
A fama é confirmada:
— Não existe quem não conheça essa mulher nas UPPs — brinca outro soldado, da UPP do Alemão.
Extra
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