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Homicídios no estado de SP em 2015 ficam abaixo de nível epidêmico

por Editoria Delegados

SP: Pela 1ª vez na série histórica índice fica abaixo de 10 por 100 mil habitantes

A taxa de homicídios no Estado de São Paulo caiu de 10,06 por 100 mil habitantes em 2014 para 8,73 em 2015, segundo balanço divulgado nesta terça-feira (26) pela Secretaria da Segurança Pública de São Paulo.

 

É a primeira vez desde o início da atual série histórica, em 2001, em que o índice anual de homicídios fica abaixo da casa de 10 por 100 mil habitantes. Acima desse número, o governo de São Paulo considera que há epidemia de homicídios.

 

Os casos de homicidios dolosos no estado caíram de 4.293 em 2014 para 3.757 em 2015, uma redução de 12,48%. Os “casos de homicídios” podem incluir em um único registro de ocorrência a morte de mais de uma pessoa, caso de uma chacina, por exemplo. Já o número de vítimas de homicídios caiu de 4.527 para 3.962, redução também de 12,48%.

 

A gestão estadual divulgou os dados de 2015 em entrevista coletiva com a presença do governador Geraldo Alckmin (PSDB) e do secretário da Segurança, Alexandre de Moraes.

 

“Pela primeira vez desde que os dados são divulgados, tivemos em 2015 o número de registros de homicídios abaixo de 4 mil no estado. Tivemos em 2015 cerca de 600 vidas poupadas, se incluídos os números de latrocínios”, disse Alexandre de Moraes. Já o governador Geraldo Alckmin elogiou a polícia. “Não é obra o acaso. É fruto de muita dedicação”, disse.

 

“Por isso a importância da divulgação deste dado depois de um ano, de 12 meses de 2015, a queda de todos os índices de criminalidade, é o caminho correto. Ainda temos muito trabalho para reduzir todos os índices, mas é importante também reconhecer que São Paulo, com toda a complexidade do estado, a capital, 12 milhões de pessoas, tanto o estado quanto a capital são as únicas unidades da federação que tem menos de 9 homicídios por 100 mil habitantes. SP o estado tem 8,73 e a capital 8,56”, afirmou Alexandre de Moraes.

 

 

O secretário afirma que os números são “100% corretos”.

 

 

Outros indicadores

 

O governo apontou redução de 11 indicadores. Entre eles estão os latrocínios (roubos seguidos de morte), que caíram no estado de 374 para 345 casos (7,75%), e os furtos, que caíram 4,11% – de 517 mil registros para 495 mil.

 

Houve ainda 9.265 casos de estupro em 2015, contra 10.026 em 2014; o que representa uma redução de 7,59%.

 

O registro de roubos em geral passou de 311.214 em 2014 para 307.392 em 2015 – redução de 1,23%. Os casos de roubo de veículos passaram de 98.763 para 78.659 (-20,36%); os roubo a banco, foram de 182 para 159 (-12,64%), sendo considerado o menor indicador desde 2002; os de roubo de carga, caíram de 8.518 para 8.490 (-0,33%).

 

O número de furtos caiu 4,11% em 2015 (foram 516.551 em 2015, contra 495.334 em 2014) e o de furtos de carros caiu 9,84.

 

Capital

Na capital paulista, a taxa de homicídios caiu de 9,82 para 8,56 por 100 mil habitantes. Foram 991 casos de homicídios dolosos, 12,3% menos que o registrado em 2014 – 1.132 casos.

 

Em relação aos latrocínios, houve queda de 19,73% do indicador, que aumentou, porém, no interior de São Paulo: foram 8 casos a mais do que em 2014, provocando um acréscimo de 5,84%.

 

Diálogo com MPL

 

Tanto o governador quanto o secretário criticaram a decisão do Movimento Passe Livre (MPL) de não divulgar o trajeto do protesto que ocorrerá nesta terça-feira. Alckmin, porém, se disse aberto ao diálogo. O movimento convidou o governador e o secretário para discutir a tarifa em um ato público. “Nós sempre estamos abertos ao diálogo, o dialogo é sempre positivo”.

 

“Eu relevo estas coisas. Vejam, que há um equivoco de conteúdo e de forma (nos protestos). De conteúdo, porque o grande desafio é investimento. Eles estão equivocados”, disse ele, citando categorias que possuem passe livre, como aposentados e estudantes de escolas públicas. “O problema é a inflação, que foi de 10,7% e o reajuste foi 8,5%. Ninguém protestou quando a inflação de energia elétrica passou de 70% e metrô e trem é movido a eletricidade”, afirmou.

 

“O MPL novamente descumpre a Constituição que determina o prévio aviso. {…} O MPL, agindo desta forma, não desrespeita só a Constituição, mas a cidade de São Paulo, mais uma vez o MPL desrespeita 12 milhões de habitantes que querem trabalhar, estudar e estão nas ruas e que precisam saber antes do lugar se não quiserem participar. É uma atitude antidemocrática”, criticou Moraes.

 

G1

 

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