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Governador faz balanço das ações do governo

por MARCELO FERNANDES DOS SANTOS
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PIAUÍ

Governador faz balanço das ações do governo

PIAUÍ

O governador do Estado Wellington Dias abriu, na manhã dessa terça-feira, 2, as atividades que marcam o ano legislativo em 2010. O plenário da Assembleia Legislativa do Piauí ficou pequeno, para a quantidade de autoridades políticas, personalidades do Estado e imprensa.

Na oportunidade, o governador leu a mensagem anual que marca o último ano do segundo mandato da sua gestão. Dias até que tentou seguir o protocolo, mas como de costume, esqueceu o script e conversou à sua maneira com todos os presentes. A atitude agradou a muitos. “Ele fala de improviso porque tudo que diz é verdade, não precisa ler em lugar nenhum”, comentou um dos deputados da casa.

Dias fez um balanço das ações do governo e dividiu a mensagem em três partes; fez um balanço das ações na área institucional, na área econômica e social. Começou o seu discurso agradecendo a todos os presentes e relembrando do tempo que assumiu a administração estadual.  

“É com muita emoção que compareço a essa sessão legislativa que marca o último ano do meu segundo mandato. Quando compareci a esta casa, logo ao assumir o governo, ainda em 2003, havia um clima de muita expectativa de toda a sociedade. Expectativa pelo muito que precisava ser feito, mas com confiança de conduzir o Estado rumo ao desenvolvimento”, falou.

Dias prestou conta do que fez e do que não fez, explicando a todos, os motivos. “Reconheço que não fiz tudo que gostaria de fazer e que precisava ser feito. Mas, é com segurança que afirmo que em muitas áreas fizemos muito mais do que aquilo que era esperado e que nos comprometemos em fazer”, garantiu.

Estado transformou sua realidade nos últimos anos

Basta lembrar a conjuntura que vivia o Piauí no início de 2003. A situação de déficit acumulado ao longo dos anos era um dos principais desafios. Atrasos salariais, dificuldade de investimento e um conjunto de demandas acumuladas são apenas alguns dos exemplos citados pelo governador em seu discurso.

Segundo ele, o primeiro passo ao assumir o governo foi definir um rumo que pudesse ser medido em qualquer parâmetro considerado no Brasil ou no mundo. Indicadores sociais e econômicos foram tomados como base para o governo.

“Buscamos no Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) e consideramos a realidade de um Estado que até o começo do Século 21 enfrentava ainda a condição de ter os piores indicadores na maior parte das áreas. O Piauí era considerado o Estado mais pobre do Brasil. Pegamos aquilo como base para mudar essa realidade”, disse.

04fev10-pi-acoes-governo-3Segundo ele, o IDH é o indicador mais relevante para medir o desenvolvimento em cada lugar do planeta e a realidade do Piauí no final do Século 20 era desanimadora. “Estávamos trabalhando com um índice de 0 a 1, sendo 0 uma situação de extrema miséria e 1 uma posição ideal. O nosso Estado apresentava um índice 0,5, ali na década de 90. Exatamente por ter um indicador nesse patamar éramos classificados como um lugar pobre, não desenvolvido”, comentou.

Diante desse cenário, o governador disse em seu discurso, que foi elaborado um projeto com um conjunto de programas e metas a serem realizados em longo prazo. “O mundo considera um lugar desenvolvido aquele que tem o IDH que ultrapassa 0,8. Nós trabalhamos e apresentamos um projeto para atingir esse patamar. Acreditamos que era sim possível ser executado no período de duas décadas, e alcançarmos um resultado capaz de tirar o Piauí de uma situação de pobreza e colocá-lo como Estado desenvolvido”, ressaltou.

Dias reconheceu que essa não era uma tarefa fácil, mas nem por isso desistiu. Hoje os resultados são visíveis. “Hoje é com muita segurança que apresento, que pelo ritmo de crescimento que o Piauí vem mantendo, chegamos em 2005 com um índice de 0,703, em 2010 vamos fechar com 0,738 e hoje, através de projeções confiáveis da Fundação Cepro, IBGE, Ipea, por exemplo, conseguiremos chegar a 2022 num patamar em 0,822”, comemora.

Investimento na educação foi determinante

O IDH é trabalhado em três blocos principais a partir do ser humano. O primeiro deles é que é considerado desenvolvido um lugar que tenha na educação um índice superior a 0,8. “Digo aqui com segurança, no ritmo que estamos, chegaremos a 2022 acima de 0,9. Isso nos dá muita segurança, pois essa é a grande base para o desenvolvimento”, enfatiza o governador.

Ele lembrou que o Piauí tem hoje uma condição muito larga de crescer nessa área. “Unindo esforços com os municípios, os governos estadual e federal e o setor privado, conseguimos ter em cada município do Piauí o ciclo completo para o ensino básico e vamos chegar em 2010 a todos os municípios com o ciclo completo da educação. Ou seja, do pré-escolar a pós-graduação. Isso vai fazer uma diferença muito grande. Ter nessas cidades o ciclo completo da educação vai ser determinante para a construção de uma sociedade desenvolvida”, disse.

Para o governador, um fator fundamental na área da educação é a necessidade de não só espalhar a educação, mas também de trabalhar buscando a qualidade. Ele citou que na mensagem do próprio presidente Lula, no balanço que faz dos sete anos de mandato, o Piauí se destacou em muitas áreas.

“Uma delas é a educação. Eles buscaram 11 itens para mediar a realidade brasileira. O Piauí, desses 11 itens, é primeiro lugar em oito. É o Estado que mais reduziu o analfabetismo. O que mais cresceu em número de matrículas para a faixa de 4 a 17 anos. Estamos muito próximos de 100% das pessoas nessa faixa matriculadas. Isso significa que há uma rede de oportunidade de educação espalhada nos municípios”, afirmou.

Dias citou o salto no número de escolas do ensino médio que passou de 190 para 619 escolas em todo o Estado. Além disso, citou ainda o crescimento no número de escolas técnicas que passou de cinco para 53, espalhadas pelo Piauí. “O Estado dobrou o número de pessoas com formação superior, foi o que mais cresceu em números proporcionais no Ideb e cito ainda que nós temos aqui no Piauí dois terços das vagas oferecidas nos vestibulares, preenchidas por alunos da rede pública. É algo que precisamos comemorar, é uma vitória”, enfatiza.

Piauí dá exemplo na área da saúde para o Brasil

Outro indicador importante é na área da saúde. O mundo mede um lugar desenvolvido àquele que tem uma expectativa de vida acima de 0,8. Na prática, é onde a expectativa de vida ultrapassa os 75 anos de idade.

Em seu discurso, o governador lembrou que iniciou a década com uma expectativa de vida do piauiense girando em torno de 66 anos. “Hoje já superamos esse número. A média do piauiense é de 70 anos. A do brasileiro é de 72, 73. O Brasil deve chegar até 2015 nesse indicador acima de 75 anos e o Piauí aponta para chegar em 2022 na casa dos 76,5. Ou seja, aquele que nascer já tenha uma expectativa de vida média típica de primeiro mundo”, comentou.

Dias disse que esse é um reflexo direto de muitas coisas. A primeira foi o investimento feito não só na área da saúde, mas também nos programas como bolsa família, merenda escolar, água potável. “Enfim, um conjunto de programas que são trabalhados em cada município, buscando chegar sempre a todos que mais precisam”.

“Também destaco a rede de saúde que criamos. Aquela que cuida desde o recém-nascido até o idoso. Uma rede que vai desde a atenção básica, temos a melhor cobertura de saúde bucal, de PSF, ou seja, uma saúde qualificada e uma rede que tenha em cada região a média e alta complexidade; que tenha em cada lugar as condições da atenção básica. Isso faz uma diferença muito grande”, completa.

Em 2022, PIB do Estado pode ultrapassar os R$ 25 bilhões

Em seu discurso, o governador fez questão de enfatizar ainda a renda do piauiense e o Produto Interno Bruto do Estado que em 2010 chega a R$ 18 bilhões. Os números só são possíveis graças ao investimento em áreas de desenvolvimento do piauiense. Dias citou o Piauí no quesito do empreendedorismo.

Segundo ele, o Piauí está hoje na ponta de um ranking que mede o empreendedorismo no país. “Em número proporcional de empreendedores, o Piauí é o primeiro no país. Ou seja, 18% da população atua como empreendedor. Na minha avaliação a entrada nessa próxima década será muito mais vantajosa. Com o funcionamento de empresas como a Suzano, Vale do Rio Doce, a construção da ferrovia, alguns resorts na região Norte, são investimentos como estes que terão um impacto muito maior no crescimento. Muito maior do que essa primeira década”.

“O que quero mostrar é que é sim possível ter em 2022 um PIB com um patamar acima de R$ 25 bilhões. O que isso significa? Significa atender a uma outra meta que é alcançar um IDH que seja superior a 6 mil dólares per capita. O mundo considera desenvolvido um lugar onde a renda anual ultrapasse R$ 9 a 10 mil reais. Então veja a nossa renda per capita que era R$ 2,5 mil em 2002, chegamos em 2007 a 4,6 mil. A meta é chegar a 2022, com segurança, acima de R$ 10 mil”.

Segundo o governador, isso tira definitivamente o Piauí da condição, não só de pobreza, mas o coloca na condição de Estado desenvolvido. “Fiz questão de tratar desses dados para mostrar que aquilo que lá atrás era apenas um projeto, hoje é realidade.

Receita do Piauí supera despesa e dá credibilidade ao Estado país afora

Ter uma máquina moderna em relação à capacidade de investimento é um dos principais objetivos de qualquer governante. No Piauí, hoje essa é uma realidade possível. Em 2002, o Estado tinha uma receita corrente liquida de R$ 1,5 bilhão.

Dias revelou que terminou o ano de 2009 com uma receita superior a R$ 4 bilhões. “Isso nos dá conforto pelo aumento da capacidade de investimento. No ano de 2003, o primeiro do meu mandato e com todas as medidas difíceis que tomamos, a nossa capacidade de investimento era de apenas R$ 52 milhões”.

“Fechamos 2009 ultrapassando a marca de R$ 650 milhões em investimento. Ou seja, o Estado tem uma capacidade de poder investir com recursos próprios e ganhar credibilidade. Em 2002, tínhamos uma divida de aproximadamente R$ 3 bilhões. Isso representava cerca de duas vezes a nossa receita. Diminuímos para R$ 1,990 bilhão. A rigor, nossa divida que era de 1,72 da receita, passa agora a casa de 0,50 da receita. Isso coloca o Piauí em destaque”, finaliza.

Dias acredita que 2010 será o melhor ano de todos

Dias falou ainda do ano de 2010; desafiador, segundo ele. Mas foi enfático ao afirmar que esse será o melhor ano de seu mandato. “É um ano que do ponto de vista das obras vamos finalizar 2010 como o melhor ano desses oito anos de mandato. Por outro lado é um ano desafiador, pois à medida que a gente ampliou as obras temos que ampliar as condições de fazer acontecer”, disse.

O governador comentou que esse será um ano difícil, mas isso faz com as responsabilidades na administração do governo sejam mais completas ainda. “Confesso que fiquei assustado quando vi uma queda brusca no fundo de participação. Mas isso é algo que aumenta ainda mais nossa responsabilidade, temos que agir com muito equilíbrio, não deixar que o embate político venha contaminar a gestão. Precisamos focar na importância que isso tem para que a gente possa continuar melhorando a qualidade de vida e as condições de desenvolvimento do Piauí”, pontuou.

Dias comentou ainda sobre os investimentos feitos no Estado. “Em 2009 chegamos a R$ 650 milhões em investimento. Esse ano acredito que vamos fechar 2010 com mais de R$ 700 milhões investidos no Piauí com recursos próprios do Estado. Agora, além disso, somamos ainda as parcerias com os municípios e, sobretudo, com o governo Lula”, finaliza.

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