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Família diz que delegado morto em SP foi perseguido em Ribeirão Preto

por Editoria Delegados

 

 

Familiares do delegado Paulo Pereira de Paula, de 49 anos, morto em uma tentativa de assalto na capital paulista, afirmaram durante a cerimônia de enterro neste domingo (5) que a vítima foi perseguida por criminosos quando ainda residia no interior do Estado. Paulo comandou a Delegacia de Investigações Gerais (DIG) e a Delegacia de Investigação Sobre Entorpecentes (Dise) de Ribeirão Preto (SP).

 

O pai, delegado aposentado Paulo Costa de Paula, relembrou que o filho sofreu um atentado em abril de 2003, quando ainda morava no bairro Vila Tibério com ele e a esposa. Na época, suspeitos teriam lançado uma granada e disparado vários tiros contra a residência.

 

“A perda de um filho, numa situação tão violenta, de uma maneira tão covarde é tremendamente chocante. Isso traumatiza não só o pai, mas também as pessoas de bom senso e retidão de caráter”, disse .

 

O irmão José Eduardo Pereira de Paula, que é delegado da Polícia Federal, contou que essa não foi a única vez que Paulo foi ameaçado. “No passado, ele sofreu marcação de grupos criminosos, sofreu abordagens no trânsito com a intenção de suposto roubo e agora culminou nessa ocorrência trágica.”

 

Ambos descartam, porém, que a morte tenha sido encomendada por alguma facção de São Paulo. José Eduardo afirmou que a região onde o crime aconteceu é conhecida pela prática de roubos de veículos para desmanche. “Os elementos que se têm até o momento conduzem para a prática de latrocínio. Ele transitava numa motocicleta bastante cobiçada por ladrões, num local de concentração de ladrões especializados no roubo de motocicletas”, disse o irmão.

 

O caso

Paulo Pereira de Paula foi morto no último sábado (4) em uma suposta tentativa de roubo na marginal do Rio Tietê, Zona Oeste de em São Paulo (SP). Segundo a Secretaria de Segurança Pública, uma testemunha afirmou que quatro homens em duas motocicletas pararam ao lado do delegado, exigiram a moto que ele pilotava e em seguida atiraram. Os criminosos fugiram sem levar nenhum pertence da vítima.

 

O delegado trabalhava na Dise de Guarulhos e foi responsável por desmontar uma das principais quadrilhas de roubo a caixas eletrônicos que atuava na Grande São Paulo e no litoral.

O corpo foi enterrado no Cemitério de Bonfim Paulista, em Ribeirão.

 

G1

 

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